Transfofa em Blog

Um espaço especial e pessoal, para dar relevo a cada momento único - Bem Vind@ ao meu Blog!

terça-feira, novembro 29, 2005

Para quem queira, ficam aqui alguns links para artigos com algum interesse, embora não para postar, diria eu...

Monday November 28, 2005
Biologically wired to be transsexualBY S.S. YOGA


The Republican, MA, USA MassLive.com
Transgender folk can be just regular peopleSunday, November 27, 2005


The Empty Closet, NY, USA
November 28, 2005
Transgender, intersex leaders meet in Argentina, issue declaration


O transexual pode ser vítima de estupro ?
Lincoln Biela de Souza Vale Junior

¿Y el día de la no violencia hacia la mujer trans?
28 de noviembre de 2005

The News-Review
OR, USA
Should transgendered men be allowed to use women's restrooms?
TRUTH OF YOUTH
November 28, 2005

San Diego Union-Tribune
CA, USA
Authorities say transsexual woman who died had fought with deputies
By Brian Hazle
UNION-TRIBUNE STAFF WRITER
November 29, 2005

Violencia: Cristal, el precio de sentirse mujer
Dalia Acosta/SEM-Cuba
29/Nov/2005

segunda-feira, novembro 28, 2005

O último cliente do dia, um homem de 62 anos, casado e pai de dois filhos, acaba de chegar dos Estados Unidos e entra no Hospital Yanhee de Bangkok usando as roupas íntimas da sua esposa para realizar um sonho: mudar de sexo. ''Faço meus pacientes felizes. É meu trabalho'', diz Greechart Pornsinsirirak, cirurgião plástico do hospital, conhecido por praticar esse tipo de operação.
As operações de mudança de sexo são bem menos frequentes que as de aumento do tamanho dos seios ou de remodelagem do nariz. Mas o médico Greechart, 41 anos, diz que o número de candidatos para transformação sexual está em ascensão.
Além de ter boa reputação pela qualidade de seus serviços, na Tailândia, os preços da cirurgia estética são relativamente baixos. Nos Estados Unidos, custa 10 vezes mais. Em Yanhee, uma operação de mudança de sexo de homem para mulher, que dura entre quatro e oito horas, soma 5.000 dólares.
Para ser submetido a uma operação desse tipo, o candidato a mudança de sexo deve tomar hormônios femininos durante dois anos e ser acompanhado regularmente por um psiquiatra.

Link

domingo, novembro 27, 2005

Geralmente são os estudantes que mudam durante o verão. mas este Outono, na University of Nebraska no estado de Omaha, Estados Unidos da América, um veterano professor de ciências politicas regressou com uma nova identidade.
Wally M. Bacon tinha-se transformado em W. Meredith Bacon depois de doze horas de cirurgia.
Algumas curiosidades...
Quando o café "A Brasileira" vendeu os primeiros cafés "expressos" em Lisboa, o público achou-os amargos. Então o proprietário da casa inventou um slogan para ajudar nas vendas: "Beba Isto Com Açúcar".
E pegou!! Hoje, a palavra foi reduzida às suas iniciais: BICA!
Afinal, a BICA tem uma razão forte de existir!!...
Durante a Guerra Civil, nos Estados Unidos da América, quando as tropas voltavam para o quartel após uma batalha sem baixas, escreviam numa placa "0 Killed" (zero mortos) o que deu origem à expressão OK para indicar que tudo está bem.
Antigamente, em Inglaterra, não se podia fazer sexo sem o consentimento do Rei (a não ser que se tratasse de um membro da família real).
Quando os súbditos de sua majestade queriam fazer amor, tinham que solicitá-lo ao monarca, que lhes entregava uma placa que deviam colocar em frente da porta do quarto enquanto tivessem relações. Na placa lia-se: "Fornication Under Consent of the King ".
Daí a origem da expressão inglesa FUCK!!!



quarta-feira, novembro 23, 2005

A Polícia Judiciária (PJ) de Faro anunciou hoje a detenção de quatro homens, dois deles travestis de nacionalidade estrangeira (brasileiros, segundo o Correio da Manhã), pela alegada autoria dos crimes de roubo, sequestro e extorsão na forma tentada.
Em comunicados, a PJ afirma que os crimes foram cometidos na sequência de um encontro sexual entre a vítima e um dos travestis, na noite do passado dia cinco, em Quarteira. Na sequência do encontro, os outros homens detidos recorreram a uma arma branca e a um taco de basebol para roubarem, sequestrarem e tentarem extorquir dinheiro.
Os detidos, com idades entre os 26 e os 43 anos, foram presentes a tribunal, de onde saíram em liberdade com a medida de coacção de apresentações periódicas em postos policias.
Residentes em Detroit, Nikki Nicholas e Tamyra Michaels nunca se conheceram. Mas Nicholas e Michaels — ambos transgender —ficaram unidos para sempre como vítimas de crimes de ódio. Os seus casos nunca foram desvendados. Link
Mais alguns links sobre o 7º Transgender Day of Remenberance
Imaginem este cenário: uma mulher, transexual, marcada pelo cessar de uma relação de um ano e tal, pelos trintas, bonita, sensível, conhece um homem sensivelmente da mesma idade pela net.

Conversam durante uns tempos e ele faz-lhe uma proposta. Ela, ainda ferida e confusa, aceita, para mitigar um pouco a sua dor e pensando que talvez fosse dessa vez que encontraria alguém, aquela pessoa que há tanto procura.

A coisa acontece, corre normalmente, e a vida regressa à monotonia diária de alguém que se sente terrivelmente só. Desde esse dia não mais se encontraram, somente contactando pelos chats da net.

Algum tempo depois, já tendo falado bastante, encontram-se uma noite de fim de semana, já de madrugada, acabados de chegar a casa. Ele tinha estado com um amigo, tinham bebido, e parecia meio tocado. E apesar de ter o dever de já a conhecer um mínimo, convida-a para “ir” com ele e o tal amigo, como se ela existisse para dar prazer, como se não existisse como pessoa, como mulher, como ser sensível, como se não existissem sentimentos.

Obviamente, ela recusou. Ele insistiu e ela tornou a recusar. Então ele pediu para ela “ir” só com ele, sem compromisso claro. Apenas uma boa noite de sexo. Uma boneca insuflável daria o mesmo resultado mas claro que não seria a mesma coisa, afinal uma transexual sempre responde quando se fala com ela, e interage mais intensamente que uma boneca.

De resto, estas atitudes só dão origem a este tipo de comparações. Como sempre uma mulher transexual nada mais é para os homens do que um objecto sexual para se usar uma noite, com possibilidades de se poder usar mais algumas, pois compromissos com transexuais é coisa de meter medo e repulsa ao mais bravo dos bravos. Afinal quem ama uma boneca insuflável? As bonecas são para se usar enquanto durarem, mais nada. Quando já se está cansado delas manda-se para o lixo.

Muitas vezes me tenho perguntado como nos vêem os nossos supostos tlovers e/ou admiradores. Já alvitrei que nos viam como mulheres com extras, bichinhas, gays com a mania que são mulheres, etc. Mas pensando bem, estou a achar que afinal nos vêem como meras bonecas, coisas sem sentimentos que só servem para esvaziar nelas a luxúria e o desejo que lhes grassa na alma, e da qual as respectivas esposas estão impossibilitadas de satisfazer, devido á falta dos “extras”.

Somos transexuais, logo existimos para dar prazer. Sentimentos estão proibidos, relacionamentos nem pensar, amizades só na net, cafés a grande maioria das vezes fica-se pelo carro, que assim ninguém vê com quem estão. Ou então é um café e acabou-se, já fizeram o penoso dever de serem vistos publicamente com um desses seres aberrantes.

Somos inteligentes? Quem quer saber? Somos sensíveis? Problema nosso. Queremos ser amadas? Credo, que manias que temos. Somos acompanhantes? Ahh assim sim, isso é que está certo, cada coisa no seu devido lugar....

terça-feira, novembro 22, 2005

Travestis e transexuais do Ecuador não querem mais maus tratos nem tolerância, sómente respeito e liberdade para viverem as suas vidas. A consolidação dos seus direitos é o motivo de luta contra uma sociedade que os recusa. Mas, cada vez mais obtêm um maior espaço, oportunidade e o reconhecimento que merecem.
A nossa situação vai mudando, conseguimos avançar. Agora em cada dez pessoas "quedan dos que aún nos marginan", disseram os transexuais durante o Primeiro Congresso Nacional de Transgéneros que acontece no Hotel Tambo Real.
Com o tema “Queremos os mesmos direitos”, cerca de dez mil militantes da comunidade homossexual da Argentina marcharam Sábado 19/11/05, entre a Plaza de Mayo e o Congresso de la Nación, para a celebração anual da diversidade sexual - este ano ofuscada por um choque entre os militantes e um grupo de católicos.
Durante a passagem em frente à Catedral Metropolitana, os militantes protestaram contra a homofobia da igreja. Em resposta, um grupo de conservadores denominado “Los Heraldos de la Iglesia” insultou os manifestantes e agrediram uma travesti. A polícia interferiu e seis jovens militantes, que atiravam pedras e objetos contra a catedral, foram presos.
Após o incidente, a marcha continuou até ao seu destino final, a Plaza del Congreso, onde se realizou um acto de encerramento, que exigia a união civil nacional, a possibilidade de adopção e igualdade de direitos.
Domingo à noite, advogados transgender do Texas central tiveram o seu próprio Transgender Day of Remembrance no Waterloo Park. Os advogados dizem que só este ano, 13 transgenders foram mortos no país devido ao ódio. Eles afirmam que não representam uma ameaça a ninguém. "Para nós, a violência contra pessoas que não estão a fazer nada além de tentarem viver as suas vidas como uma pessoa transgender, é difícil de aceitar" disse Lisa Cheps, co-presidente dos Transgender Advocates of Central Texas.
Noventa cidades em todo o mundo celebraram as suas próprias vigílias também na noite de Domingo.
E já que nenhuma associação LGBT nacional se dignou lembrar daqueles que por esse mundo fora tombaram vítimas de ódio e discriminação, pelo menos deixo-vos aqui mais uns links sobre o Transgender day of Remenberance. O primeiro é, obviamente, referente ao post e contém o artigo completo.

segunda-feira, novembro 21, 2005


‘Travesti’: Câmara negou apoio ao espectáculo.
Porto esteve ausente da gala Rainhas da Noite
O preconceito dos portuenses” é a justificação avançada pela organização do espectáculo As Rainhas da Noite para a fraca adesão de público, sábado à noite, ao Teatro Sá da Bandeira, na Invicta.
Com efeito, apresentado por Gisela Serrano e Elisabete Soares, o evento ficou muito aquém das expectativas com a assistência a encher apenas meia sala, mesmo após o início com mais de hora e meia de atraso.
É uma iniciativa inédita no Porto. Se fosse em Lisboa, a gala esgotava. O público portuense não está aberto a este tipo de espectáculos. Ainda existe algum preconceito”, explicou ao CM Susana Pereira, da organização.
Eu sei que só hoje, quando folheava o jornal, é que soube deste evento. De resto não ouvi nadica de nada sobre isto. O que me levanta a questão se sou eu que ando completamente alheada, ou se foi a organização que não soube divulgar convenientemente o evento.
Fonte: Correio da Manhã
Numa quente noite de sábado, em Junho passado, Don Brunner chegou a casa com a esposa e tirou o último fato e gravata que usou, sabendo que a vida que tinha levado desde sempre estava prestes a acabar. Na manhã seguinte, o canalizador de New Milford olhou-se uma última vez ao espelho e emergiu de si próprio - ainda muito um pai e um marido, mas não mais um homem.
Deêm aos transexuais o suporte legal que seguramente necessitam, diz um académico que estudoutransexuais e escreveu um livro focado nos seus problemas.O professor Professor Dr Teh Yik Koon, autor de "The Mak Nyah: Malaysian Male Transsexuals", disse que a ausência de reconhecimento legal da sua condição como pessoas do sexo oposto, torna a vida difícil para este grupo de pessoas.A falta de aceitação pelas autoridades e pela sociedade causa-lhes muita discriminação. Comoresultado, muitos têm comportamentos auto-destrutivos e tendências suicidas. Segundo activistasexistem pelo menos 100.000 transexuais só na Malásia."Se um transexual submeteu-se a uma cirurgia de redesignação sexual (SRS), não existe razãopara que o seu género não possa ser alterado para feminino nos seus bilhetes de identidade!"
Também a Malaysian Human Rights Commission (Suhakam) estão a pressionar a nível legal e médico para clarear a condição de transexual.O Commissioner Professor Hamdan Adnan disse ao Sunday Mail que é frustante reparar-se no silêncio dos peritos legais e médicos neste assunto.
Seguem-se os links dos dois artigos: Link1, Link2

O Tribunal de Urgências de Bruxelas, na Bélgica, proibiu sexta-feira, 18/11/05, a venda e a difusão da música “Frozen” no país.
Segundo a decisão do tribunal, a música de Madonna seria plágio da canção “Ma vie fout le camp”, composta pelo belga Salvatore Acquaviva, lançada em 1993, cinco anos antes de “Frozen".
Segundo o juiz, quatro compassos da canção de Acquaviva aparecem na música de Madonna. As semelhanças levaram o juiz a decidir pela proibição da difusão da canção na Bélgica.

domingo, novembro 20, 2005

Uma operação secreta, um namorado desaparecido da Arábia Saudita, e uma mulher encontrada debaixo de uma árvore com uma pistola sem balas junto dela - estes são elementos do mistério de Kaaseem Juanda.
Ela era a mulher de Kansas City, de 60 anos, que já tinha sido homem, encontrada morta de face para baixo na Interstate Highway 29 perto de Mills County.
Amigos e familiares da aposentada dos correios que adorava viajar, disseram que a sua morte - que as forças policiais do Iowa não conseguiram determinar se foi suicídio ou assassinato - descobriu os segredos que ela guardava dos seus entes queridos.
Link
A cidade de New York renomeou uma rua em Greenwich Village segundo o nome de uma veterana de Stonewall e activista dos direitos transgender Sylvia Rivera. O evento coincidiu com o anual Day of Remenberance, um dia em que a comunidade transgender relembra os seus mortos.
Link2

Seguem-se alguns links de notícias sobre eventos ocorridos hoje, o Transgender Day Of Remenberance:

sábado, novembro 19, 2005

"Feeling like a woman, looking like a man..." — Grace Jones"
'I can't do it anymore.' He shook his head. ... 'It won't go away. No matter how much I wish, or pray, she's always with me. She is me. I am her. I want to be her. I want to be Luna.'" — Luna
Não há muito tempo, os únicos transexuais que se viam nos media era em shows como o de Jerry Springer. Quase sempre male to female, eram mostrados como uns freaks em espessas maquilhagens e pestanas postiças que seduziam inocentes heterossexuais.
Transexuais eram a maior parte das vezes agrupados aos travestis, cross-dressers e drag queens — não interessando tanto a identidade de género mas mais o parecer.
Agora, os media mostram pessoas transgender e transexuais de uma forma menos estereotipada, mas seria um erro grosseiro dizer-se que a nossa sociedade compreende ou aceita diferenças de género para além do binário masculino e feminino.
Mesmo se não estivesse tão bem escrito, um livro como Luna, (Little, Brown,and Company, 2004), um romance dirigido a jovens adultos, seria sempre uma bem vinda e necessária adição às bibliotecas escolares.
Finalista do 2004 National Book Award, Luna, que será editado em Dezembro, conta a história de Liam, a qual é bastante familiar: uma procura de um adolescente pela sua própria, autêntica identidade. Só que no romance de Julie Ann Peters, a verdadeira identidade de Liam é feminina. Ele é Luna.
O FBI não tem estatísticas dos crimes cometidos sobre transgenders, mas segundo Gwen Smith, fundadora do Transgender Day of Remenberance, uma pessoa trans é assassinada algures no mundo a cada duas semanas, metade destes crimes nos EUA.
Smith iniciou o Transgender Day of Remembrance para homenagear Rita Hester, uma transexual de 34 anos male-to-female que foi encontrada estrangulada e com multiplas facadas no seu apartamento em Boston em Novembro de 1998. na cobertura mediática do caso, os media não a reconheceram como mulher, antes referindo-a pelo seu nome masculino "William".
Smith, na altura uma frequente colunista de opinião numa dessas publicações, disse ter sentido que Hester deveria ser velada e lembrada pelo que era e como se via, e decidiu-se a organizar um evento que promovesse amor e respeito por Hester e pelas restantes pessoas transgender.
O primeiro Transgender Day of Remembrance envolveu uma vigília em SanFrancisco e o lançamento do "Remembering Our Dead" Webproject (o primeiro banner no canto superior direito deste blog). Sete anos depois, existem 250 acontecimentos Transgender Day of Remembrance planeados em 12 países.
Obviamente Portugal não é um deles, apesar de proliferarem associações supostamente dedicadas à defesa das pessoas transgender, a minoria dentro das minorias.

quinta-feira, novembro 17, 2005

ERRO PONTUAL!... DISCRIMINAÇÃO INTENCIONAL?...
A Campanha Digital Contra o Preconceito a LGBT (Gays, Lésbicas, Bissexuais e Transgéneros), cuja ideia inicial pertence a Fabrício Viana que a idealizou e concebeu num site brasileiro, é uma apresentação de postais originais sobre várias temáticas ligadas à orientação sexual, e inclui no final de cada postal a referência ao título da campanha na íntegra, a REDE EX AEQUO resolveu, por iniciativa própria, retirar a palavra Transsexuais de cada um dos postais apresentados.Esta iniciativa levanta questões de fundo, quer pela demonstração de desconhecimento da matéria que implica uma discriminação óbvia para com determinado grupo minoritário., que me leva a questionar os responsáveis da referida iniciativa se acham que indivíduos TT (Transsexuais ou Transgéneros) não têm orientação sexual LGBH (lésbica gay, bissexual ou heterossexual).Basta fazer um pequeno desvio no site e aceder ao PROJECTO DE EDUCAÇÃO DA REDE EX AEQUO, para contradizer esta possibilidade, porque o mesmo faz referência ao facto de Transexuais terem orientação sexual LGBH (esqueceram-se da população Transgénero mas isso, pelos vistos, é de somenos importância para um projecto de educação). E nem o argumento de que TT com orientação sexual LGBH, estariam naturalmente enquadrados na campanha, sem necessidade de referência específica sobre a sua identidade de género pode servir, porque se há algo que diferencia gays e as lésbicas é a sua identidade de género.Pedidos os respectivos esclarecimentos sobre a razão de tal iniciativa, foi-me comunicado com manifesta indignação por parte de uma Dirigente de referida associação, que considerou as minhas afirmações “profundamente injustas e amplo o desconhecimento do muito trabalho que a REDE EX AEQUO faz pelos TT e a sua natureza inclusiva quanto a este tema. Além disso, a associação reserva-se ao direito de optar por iniciativas exclusivamente L ou G ou B ou T, sempre que assim desejar, o que significa que poderá um dia fazer uma iniciativa exclusivamente T, não significando que realmente descura de modo algum os outros grupos da sigla” Não me parece que tenha posto em causa o trabalho efectuado, em geral, pela REDE EX AEQUO na defesa de TT, nem nunca me passou pela cabeça interferir nas opções internas da rede, mas considero necessário questionar a mesma sobre uma situação pontual, que é, manifestamente, de uma discriminação grosseira para com uma população minoritária cuja identidade de género difere das identidades de género socialmente reconhecidas, e que, como as outras identidades, tem orientação sexual LGBH.Parece-me grave que exista, dentro de qualquer movimento LGBT, um processo de intenção de exclusão baseado num critério sobre o género que separa inevitavelmente a problemática da população TT da LGB, esquecendo-se, voluntária ou involuntariamente, que esse é o princípio que distingue gays e lésbicas; por outro lado, parece-me ainda mais incoerente que em qualquer documento que se produza relacionado com orientação sexual, se excluam TT como se ás mesmas não lhes fosse reconhecida a diversidade da sua orientação sexual. Independentemente da criação de material específico relacionado com as especificidades de TT, da mesma forma como são efectuados materiais específicos para Gays e Lésbicas.Este episódio poderia ter um desfecho simples, não fosse a manifesta arrogância demonstrada pela direcção da respectiva Associação, que se limita a fornecer argumentos esfarrapados que não conseguem ocultar uma demonstração de profunda e descarada ignorância, senão de má fé em relação a esta temática, com a agravante de a mesma ter como público-alvo a população jovem, com a qual se requerem cuidados acrescidos no dever de formar e informar imparcialmente.À excepção das Panteras Rosa, nenhuma outra associação se manifestou até aos dias de hoje, o que me leva a questionar sobre se estaremos perante uma situação de ignorância generalizada em relação a esta temática, ou se acham que o tema não merece ser debatido, ou se se mantém a velha máxima de enfiar a cabecinha na areia para não ter trabalho a investigar. Se pusermos em retroperspectiva o ocorrido, chego à triste conclusão de que afinal nós não passamos de miseráveis travecas que têm, como única função, divertir a malta com umas macacadas para apimentar os eventos, porque em relação á discussão séria sobre género e identidades, a coisa está esclarecida: não se fala! Desta forma, não correremos o risco de nos expomos ao ridículo de constatarmos que, nesta matéria, os NOSSOS movimentos LGBT são tão ignorantes como a população em geral. Chegar ao século 21 com este tipo de informação a ser veiculada é chocante, mais chocante ainda é constatar que a própria população trans patrocina esta tipo de campanhas nos seus sites ou bloges privados, afinal, nem nos, dentro da nossa comunidade estamos isentas da ignorância que graça o país no que se refere a estas matérias.
Jó Bernardo

Em relação a este comentário deixado pela Jó num post abaixo, considerei-o importante o suficiente para ter honras de post. No entanto, considero relevante deixar aqui uma pequena consideração em relação a um suposto patrocínio de campanhas. O banner que se encontra no canto superior direito do meu blog não tem, e repito, não tem nada a ver com esta polémica que se gerou à volta de uns postais, e considero-o declaradamente transgender. Tem a ver sim com outra campanha anteriora essa. Campanha essa que nos contemplava com pelo menos 3 banners, aliás, no meu antigo blog estão lá os 3. Assim, não considero que este banner patrocine campanhas que apareceram muito depois de eu o ter posto no meu blog antigo. E até nem me importo de afirmar que até gosto bastante do banner, nem me importava nada de ter sido eu a fazê-lo. Portanto, tentar-se juntar este banner a polémicas que não têm nada a ver com ele parece-me excessivo. O link mantém-se como se mantém, por exemplo, o da Opus gay apesar das opiniões absurdas expressas pelo seu dirigente em relação a determinados assuntos. Além disso tentei meter lá links informativos e não exclusivamente transgender, como o da apav, etc. Posso ter esquecido um ou outro, tal como um que me lembrei ao ler o comentário da Jó, mas assim que arranjar o link faço o banner e fica o esquecimento corrigido.
Não misturo as coisas. A outra campanha não excluía transgenders, logo o banner não destoa. Como esta campanha dos postais é discriminatória, há que reparar que nem no outro blog nem neste existe a mais pequena referência a essa campanha, salvo agora que fui forçada a falar nela. Considero pois injusta a acusação de supostos patrocínios a campanhas discriminatórias, bem como a acusação de ignorância, embora aceite que cada pessoa tem o direito a ter a sua opinião.
No Chile, o Supremo tribunal autorizou uma mulher, operada en Chile, a mudar os documentos identificativos oficiais, sexo e certidão de nascimento, pelo que a partir de agora será um homem. Durante 3 anos lutou na Justiça para ser reconhecido como homem, con la tenaz oposição do delegado público, cujos argumentos não foram compartilhados.
Apelo vindo de Inglaterra: "Please join us in remembering those killed throughout the world due to anti-transgender hatred or prejudice. We will be holding an event at 3pm in the chapel of Oxford House, Derbyshire Street, London. It's a five-minute walk from Bethnal Green tube station. See http://www.oxfordhouse.org.uk/access/index.html "
Seis pessoas transgender, Jamuna, Malathi, Selvam, Kavitha, Devi and Eashwary, receberam os seus diplomas pelo Dr VK Vijayalakshmi por terem finalizado com sucesso um curso de beleza no National Institute of Holistic Therapy.
Frances Fischer viveu uma vida difícil como mulher transgender. Foi assaltada fora do Dinosaur Bar-B-Que, acossada pela polícia, despedida de empregos e posta fora de pensões. Quando tentou mudar de nome, um juíz recusou-se a deixá-lo, então ela decidiu processá-lo no New York Supreme Court, Fischer v. New York. "Não estou a ferir ninguém," disse. "Porque tenho de ser punida?". Fischer, uma representante da Expressing Our Nature, um grupo local de apoio a trangenders, partilhou a história da sua companheira e amiga transgender numa cerimónia na Hendricks Chapel, terça feira à noite.
A companheira de Fischer's morreu depois de sofrer um acidente de viação e de lhe ter sido recusado tratamento devido ao seu aspecto. Cerca de 65 pessoas,entre estudantes, trabalhadores estatais e residentes juntaram-se na capela para honrarem as vidas das vítimas de ódio e violência transgender como parte do National Transgender Day of Remembrance.
Os nomes das 321 mortes relacionadas com crimes transgender que foram registados nos últimos 7 anos na gender.org, 29 das quais foram não identificadas foram lidos um a um à audiência. Vários posters foram feitos para representarem as vidas e mortes de 25 vítimas de violência transgender cujas mortes foram registadas desde Novembro de 2004. tendo sido colocados em frente à capela.
No início da cerimónia o Rev. Kelly Sprinkle apresentou-se à audiência dizendo: "Hoje é uma das noites para relembrarmos e reflectirmos".

quem quiser ler o artigo completo, aqui fica o link
Na passada segunda feira, o Supremo Tribunal dos Estados Unidos negou rever o caso de Barnes vs. City of Cincinnati, que levantava a questão se transexuais poderiam invocar as leis federais anti-discriminatórias por maus tratos no local de trabalho. A decisão do tribunal foi uma vitória para Philecia Barnes, nascida Phillip Barnes, que tinha processado o departamento de polícia de Cincinnati segundo o número VII do Civil Rights Act de 1964, alegando que o fracasso em ser promovida a sargento se devia a hostilidade em relação à sua transexualidade por não ser conforme os estereotipos sexuais. Um juri decidiu a favor de Barnes tendo sido confirmado pelo supremo
Em Inglaterra, um transexual masculino F2M foi afastado do seu trabalho como porta-voz da comunidade gay quando mudou o seu nome de Andrea para Andy. Andy Baldwin, de 34 qanos, clama que foi forçado a resignar do seu trabalho como coordenador da Brighton and Hove's lesbian, gay, bissexual and transgender (LGBT) por discriminação sexual, tendo acusado figuras importantes no concelho citadino de Brighton e Hove e figuras proeminentes da comunidade gay de transfobia - medo de transexuais.

quarta-feira, novembro 16, 2005

Uma transexual de Larne, Irlanda, encontra-se no processo de mudar a sua certidão de nascimento, para provar ao tribunal que é "uma mulher". Denise Martin foi multada em £30 no Larne Magistrate's Court em Setembro devido a uma disputa com um travesti na rua. Com 44 anos, nascida Douglas mas que há 27 anos que vive como mulher, tendo feito a operação de mudança de sexo há 22 anos, considera ter sido tratada injustamentepelo sistema judicial. Denise admite ter-se envolvido numa disputa verbal, mas nega ter rasgado a saia do travesti pela qual foi multada. tendo faltado a uma audiência, preencheu um formulário para mudar a sua certidão de nascimento de homem para mulher.

terça-feira, novembro 15, 2005

O governo de Kuala Lumpur não reconhecerá casamentos entre pessoas com o mesmo género apesar de uma delas ter feito uma operação de mudança de sexo, disse o ministro dos assuntos internos Datuk Tan Chai Ho. Afirmou que um casamento desses será "inválido" pois a certidão é baseada nos dados do BI do parceiro que tenha mudado de sexo, onde está o género original.

No entanto isso não impediu a transexual Jessie Chung de casar com o seu parceiro, Joshua Beh Soo Kiang numa cerimónia presidida por 3 padres das igrejas Bountiful Harvest, Shepherds’ Centre Foundation and Assembly of Love. 800 convidados compareceram entre amigos e familiares.Chung é doutorada em terapia nutricional, administra uma "Natural Health Farm" business em Kuala Lumpur, tendo feito uma operação de mudança de sexo há 3 anos.

segunda-feira, novembro 14, 2005


O poster para o filme "Transamerica" é misterioso: tudo o que se vê são as costas de uma mulher enquanto hesita perante duas casas-de-banho, uma para homens, outra para mulheres.
Qual é a grande decisão? Scott Turner Schofield sabe. O performer de 25 anos defronta-se todos os dias com uma "ginástica mental" semelhante, enquanto pessoa transgender que iniciou a sua vida como uma rapariga nunca se sentindo uma.
"Transamerica", que estreia em Dezembro, conta a história de uma transformação MTF (Male to Female) interpretada por Felicity Huffman, actriz vencedora de um prémio pela sua interpretação na série televisiva "Desperate Housewives".

Tinha um link para uma entrevista com Scott Turner Schofield. No entanto, depois de várias tentativas infrutíferas para aceder à dita entrevista, decidi não a linkar. Mas tenho a entrevista completa em inglês. Quem a quiser ler, basta contactar-me via email e eu remete-la-ei.
Em sua substituição, deixo aqui o link para o site oficial de "Transamerica", onde poderão ver um trailer, entre outras coisas.
Também irei pondo aqui links para notícias relacionadas com este filme. Quem quiser lê-las poderá sempre aceder a este post e ir conferindo novidades.

Brenda Lana Smith R af D

That's no desperate housewife, it's a man! Our wigged-out experts dissect the cross-dressing legends. By Derek de Koff

Imagine o seguinte cenário por um minuto: Nasceu para o mundo e por fora parece-se como outro bebé masculino qualquer.

Depois do nascimento, os pais vestem roupinha azul, dão um nome masculino e baptizam em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.

Mas conforme cresce, apercebe-se que existe algo diferente em si. Embora toda a gente o veja como um rapaz, não é o que sente interiormente.

Conforme fica mais velho, apercebe-se que sente mais como uma rapariga. É gozado viciosamente por demonstrar interesse por coisas "femininas" e rapidamente tenta cumprir os papéis socialmente impostos para os géneros.

Torna-se adulto, cumpre o serviço militar, casa com uma mulher e tem filhos. Tem sucesso na carreira, ama a família e no entanto sente-se miseravelmente. Pratica cross-dressing em segredo e procura no álcool suavizar a depressão.

Aos 40 anos finalmente admite a verdade: é uma transexual.

O cenário anterior não é somente uma história ficcionada. Nem sequer é rara.

É a experiência de incontáveis transexuais MTF (Male to Female) que lutam para lidar com a verdade sobre quem são.


Este texto tocou-me imenso, foi como se estivesse a ler sobre a minha vida. Aconselho vivamente quem se interesse por este tema, a ler o original, o qual não o publico aqui por ser muito extenso. Quem souber inglês, siga o
link

Acostumada a gerar controvérsia cada vez que decide abrir o seu coração para dizer o que sente, Madonna uma vez mais dá que falar. Quase como uma resposta às declarações de Sharon Osbourne, que há alguns días a qualificou de travesti, a rainha da pop surpreende outra vez. No decorrer de uma entrevista concedida ao entrevistador inglês Michael Parkinson para a cadeia ITV1, a cantora de 47 anos afirmou o porquê da comunidade homossexual a considerar um verdadeiro ícone. “Creio que continuo a ser um ícone gay porque me sinto como um homem homossexual preso num corpo de uma mulher”. Assim mesmo, a senhora Guy Ritchie confessou que já não se considera uma diva, visto que agora tem controlado muito mais o seu ego. Por outro lado, assegurou que a sua relação com o seu actual marido, “foi amor à primeira vista. Vi-o sem camisa a jogar ténis e isso foi um grande avanço. Mas acredito que o seu sentido de humor tenha sido muito importante”. A esta descrição, a artista acrescentou o grande talento de Ritchie, que descobriu ao ver a sua primeira produção cinematográfica, Lock, stock and two smoking barrels. “Vi esse filme e pensei, Deus, é incrívelmente talentoso. Esses três elementos foram um grande afrodisíaco para mím”.

domingo, novembro 13, 2005

Agência de publicidade WPortugal, Fernanda Câncio, Júlio Machado Vaz e The Gift galardoadosILGA Portugal atribui prémios contra a homofobia
13.11.2005 - 08h04 Sofia Branco

A ILGA Portugal, associação de defesa dos direitos de lésbicas, gays, bissexuais e transsexuais, atribuiu ontem, pela terceira vez, os Prémios Arco-Íris, que se destinam a reconhecer o contributo de pessoas ou instituições contra a homofobia.

A edição deste ano galardoou a WPortugal, pela campanha "Pelo direito à indiferença". A agência de publicidade, que realizou a campanha pro-bono, "veio provar que há empresas que estão dispostas a oferecer o seu trabalho e os seus meios pela causa da igualdade", salientou a ILGA.

A novela Ninguém Como Tu, que inclui personagens homossexuais, foi considerada pela ILGA como "histórica", pois faz uma "representação realista e não estereotipante ou sensacionalista da homossexualidade". Em declarações ao PÚBLICO, Frederico Barata, o actor que interpreta a personagem João, um jovem que descobre a sua homossexualidade, reconheceu que, "a princípio houve um choque por parte das pessoas", mas que hoje já o abordam na rua para o felicitar pela interpretação e elogiar a inclusão da homossexualidade na novela, que passa em horário nobre na TVI.

O grupo de música The Gift foi homenageado pelo teledisco de Driving You Slow, em que a figura central é o transsexual Luna. Em nome da banda, cujos elementos estiveram todos presentes na cerimónia de entrega dos prémios, Sónia Tavares considerou que a luta contra a homofobia é "uma causa nobre".

Ao receber a distinção, a jornalista do "Diário de Notícias" Fernanda Câncio afirmou que continua a existir um "silenciamento" por parte da comunicação social no tratamento da igualdade e que as questões de género ainda são vistas como "uma curiosidade, um fait-divers".

A "carreira de desmistificação de preconceitos" do sexólogo Júlio Machado Vaz também foi distinguida. "Num país em que a educação sexual é inexistente e em que a política que a regula é sempre tímida e inibida (...), Júlio Machado Vaz é um oásis", considerou a ILGA.

http://www.publico.clix.pt/shownews.asp?id=1238621&idCanal=21
Em relação a estas notícias, que registo aqui de bom grado, só posso fazer um reparo à Sra Sofia Branco (que se devia ter, talvez, informado melhor): Luna NÃO É transexual, como aqui se escreve, mas sim TRAVESTI.

No próximo dia 19 de Novembro, dezenas de cidades em todo o mundo farão vigílias para chamarem a atenção para @s trangenders que morreram vítimas de violência. Denominado "Transgender Day of Remenberance", em muitas cidades serão lidos os nomes daquel@s que foram mortos em actos de ódio. E aqui em Lisboa? Ainda não ouvi nada, de nenhum movimento dos supostos nossos defensores. Is there anybody out there?

sábado, novembro 12, 2005

O Governo de Ontário irá cobrir os custos das operações de reassignamento sexual de 3 transexuais que tinham ficado encalhados quando os conservadores acabaram com o serviço em 1998. Numa decisão tomada esta semana, o Human Rights Tribunal of Ontario considerou que o estado os discriminou quando terminou com o financiamento às cirurgias a 1 de Outubro de 1998. Diagnosticados com "disforia de género", uma condição médica internacionalmente reconhecida, Martine Stonehouse, Michelle Hogan e uma terceira pessoa conhecida sómente como A.B. eram pacientes do Centre for Addiction and Mental Health's Gender Identity Clinic em Toronto no dia em que o fundo cessou.

Quando Lauren Jansen disse ao seu patrãoque planeava fazer a transição de homem para mulher, ele respondeu-lhe que "fosse lidar com o problema de género noutro sítio." En Janeiro de 2004 Jansen foi despedida do seu emprego como director numa companhia de construção civil em Iowa, depois de ter trabalhado lá por 24anos e 10 meses, disse numa entrevista telefónica. Ela falou com os seus superiores sobre a sua necessidade de mudar para mulher sem ter iniciado qualquer transformação. "Ambos me disseram não terem qualquer problema com isso," disse. No entanto, um superior deles opôs-se. "Uma pessoa na companhia não aceitou isso e acabou comigo."
A "identidade de género" não está catalogada como categoria específica nas leis federais contra a discriminação nos EUA. O Employment Non-Discrimination Act, que foi introduzido no Congresso nos anos 70, impede sómente a discriminação laboral baseada na orientação sexual.
Jansen processou a firma alegando discriminação, tendo no entanto decidido não avançar mais por temer que uma maioria conservadora no Supreme Court pudesse negar qualquer decisão favorável às pessoas trangender. Jansen é uma dessas pessoas incluídas numa campanha lançada pela Human Rights campaign e o National Center for Transgender Equality. Num esforço para alcançar uma consciencialização sobre discriminação transgender nos locais de trabalho, os grupos publicaram anúncios na Roll Call, uma das principais publicações do Congresso sobre os casos de Jansen e outros.

O bispo da diocese cordovesa de San Francisco, Argentina, autorizou uma transexual a ser padrinho de baptismo do sobrinho, um bebé de dois meses, mas pediu que,"pelo menos a outra pessoa que acompanhe nesta missão cumpra com os requesitos estabelecidos pela Igreja Católica". A autorização do bispado beneficia Marcos Giordano, um docente de San Francisco que já tinha sido notícia em 2003 quando conseguiu assumir o cargo de director de uma escola devido à sua pontuação no concurso para o cargo e apesar da oposição de alguns padres pela sua identidade de género e porque ia maquilhada para as aulas. Naquela oportunidade, o docente admitiu públicamente a sua condição de "transexual" dado que disse sentir-se mulher num corpo de homem e que quería operar-se para mudar de sexo. Días atrás, o seu irmão José pediu ao padre Adrián Taranzano da paróquia de San José na localidade de Devoto, permissão para que Marcos seja o padrinho do seu segundo filho, de dois meses.

quinta-feira, novembro 10, 2005

Na irlanda, um dentista que se submeteu a uma operação de mudança de sexo, tem andado numa roda viva com a Justiça para conseguir ser oficialmente uma mulher. O Supreme Court e o High Court têm andado com o processo empatado por dúvidas com a legislação europeia, devido à recente ratificação irlandesa da European Convention on human Rights. O Dr. Foy de Co Kildare casou-se em 1977 e foi pai de duas crianças antes de se submeter à cirurgia em 1992.
Há 3 anos, o High Court negou o direito a Foy de alterar os registos da certidão de nascimento, casamento e falecimento, bem como em restantes documentos oficiais, para o sexo feminino.
No Canadá, se o democrata Bill Siksay levar a sua avante, o Canadian Human Rights act deverá rápidamente incluir a identidade de género e "gender_expression" como bases proibidas de discriminação. "Gender identity refers to the inward sense of one's gender, and gender _expression refers to the way one outwardly represents how one understands one's gender identity," escreveu Siksay.
Em Espanha, as reformas legislativas para os transexuais estão cada vez mais próximas. Aprovada que foi a lei que permite a gays e lesbicas casarem-se e adoptar, a violência doméstica, e a reforma das leis do divorcio, que figuravam entre as prioridades do Executivo socialista, chegou a vez da Lei de Identidade de Género que permitirá aos transexuais aparecerem nos registos civis com o nome e sexo que desejem sem necessidade de se submeterem à operação de mudança de sexo. Antes que finalize el ano, o Govierno deverá dar entrada em vigor da norma, se se ajustar aos prazos que anunciou, embora um portavoz do Ministério da Justiça tenha destacado que, de momento, «não se pode concretizar».

quarta-feira, novembro 09, 2005

Mais de 120 representantes de grupos e associações de transexuais procedentes de cerca de vinte países europeus se reuniram-se esta Quinta-feira dia 03/11/05 emViena no primeiro Conselho Europeu de Transexuais sobre Direitos Civis e Políticos. A reunião, que foi até Domingo dia 06, centrou-se em reivindicar o direito à identidade de género com o qual cada pessoa se identifica, e que se reconheça essa mudança de forma oficial, assim como a luta contra a discriminação na sociedade. No fórum, formaram-se grupos de trabalho para tratar de diferentes aspectos que afectam este colectivo, como o status civil, a aceitação social, a luta por um tratamento médico para a mudança de sexo, o direito à mudança de nome e enfrentar essas mudanças com apoio jurídico no local de trabalho. "Antes de tudo, nos países do sul da Europa os transexuais tem que combater enormes problemas sociais", disse Eva Fels, porta-voz do encontro. Muitos deles estão sem emprego, em situação precária ou a mudança de sexo levou de forma directa ou indirecta à perda do emprego, enquanto alguns se vêem obrigados a ganhar a vida na prostituição", queixou-se Fels.

Li que representantes do "Colectivo de Transexuales de Catalunya" e também da "Plataforma por el Trabajo Sexual y la Convivencia" andam com medo que uma lei possa proibir as transexuais de se prostituirem na rua, ficando sem o seu meio de sustento. Compreendo isso. Mas não me peçam para o aceitar. NÃO POSSO ACEITAR DE MODO ALGUM que por ser transexual seja obrigada a prostituir-me, e espanta-me que todos os grupos de defesa dos nossos direitos aceitem plácidamente que o único meio de sustento para uma transexual seja a prostituição. Afinal que temos nós assim de tão diferente das outras pessoas a nível laboral? Seremos menos espertas? Seremos menos trabalhadoras? Ser-se transexual é sinónimo de ser-se puta? Afinal que culpa temos nós da natureza nos ter pregado uma séria partida de muito mau gosto? É que há que entender de uma vez por todas que somos pessoas normais, NORMAIS, com todas as letras, a quem aconteceu um grande azar. Não é uma questão de se acordar um belo dia e dizer-se "Boa!!! A partir de agora vou ser trans e mudar de sexo!", como quem acorda a apetecer ir para a praia num dia e para o campo no outro.
Ninguém se preocupa em tirar-nos da rua, dar educação áquelas que por força de discriminações não puderam estudar o que deviam ter estudado. A grande preocupação é que as trans possam continuar a exercer a profissão dita "mais velha do mundo".
Sou eu que estou enganada ou existe aqui uma lógica meio (muito) distorcida?
O Núcleo de Práctica Jurídica (NPJ) da Universidade Católica de Goiás, Brasil, através da advogada Elza dos Reis Cândida Pires, obteve, no dia 3 deste mês, uma importante vitória de cunho social, principal objetivo do NPJ. É que a advogada ajuizou uma acção de rectificação de registo civil, visando alterar a certidão de nascimento de L.P.S, modificando o prenome e sexo de masculino para feminino. A tramitação deu-se na 1ª Vara da Fazenda Pública Municipal desta Comarca, sob a presidência de Eduardo Siade, que proferiu sentença favorável ao pedido, alterando o nome e sexo do requerente. O sucesso do pedido deveu-se ao facto do autor do pedido ter feito parte do "Projeto Transexualismo do Hospital das Clínicas da UFG", onde foi realizada a cirurgia para mudança de sexo. Segundo a coordenadora-adjunta do NPJ, Fátima de Paula, L. está feliz com o resultado, uma vez que a sentença já transitou em julgado e ela pode efectuar a mudança em toda a sua documentação pessoal.
A esposa do músico de rock Ozzy Osbourne, Sharon, criticou a 'rainha da pop', Madonna, ao qualificá-la de "uma velha prostituta". Ainda disse que a cantora deveria definir, de uma vez por todas, a sua imagem e deixar de mudar continuamente. Afirmou que a artista, de 47 anos, "é velha demais" para continuar obcecada com as mudanças de aspecto. E não se ficou por aqui, atacando também Madonna pela sua "total obsessão" com a seita da Cabála. "Parece uma travesti. Um dia disfarça-se de cavaleira, no outro parece uma lésbica, outro dia maquilha-se como uma velha prostituta, e noutro, veste um vestido de flores e lê livros infantis a crianças", demonstrando a sua antagonia com a cantora. "Por amor de Deus, qual é a imagem desta mulher? Com essa idade, deveria saber quem quer ser e que religião quer seguir.", exclamou em declarações á revista Word. Finalmente, indicou que "Madonna escreve livros infantis estúpidos". "É uma estupidez escrever esses livros infantis. Se a minha mãe viesse um dia a ler-me livros como esses, dir-lhe-ía que são uma porcaria", acrescentou.
O Mayor de Indianapolis, Bart Peterson, no estado Norte americano de Indiana, agiu para proteger os direitos dos trabalhadores municipais transgender. Peterson anexou, a uma ordem interna que tinha assinado em 2004 que protegia trabalhadores municipais gays e lesbicas, a inclusão de trangenders. A ordem proíbe discriminação baseada na identidade de género e na orientação sexual. Ao assinar o documento, Peterson disse que seguia a linha de uma politica estadual aedoptada pelo governador Joe Kernan e continuada pelo Gov. Mitch daniels.

terça-feira, novembro 08, 2005

Cientistas da Universidade de Bradford (Inglaterra) concluíram recentemente um estudo que aponta a hormona feminina estrogénio como uma das explicações para o facto das mulheres envolverem-se menos em acidentes de trânsito que os homens. Segundo a pesquisa, o estrogénio proporciona uma melhor flexibilidade mental ao perceber alterações no trânsito. Isso quer dizer que as mulheres são capazes de mudar a atenção dispensada a um objeto ou situação de forma mais rápida que o homem, fazendo com que elas tenham mais agilidade ao volante. Segundo o estudo, isso contribuiria para a redução dos acidentes. A pesquisa contou com a participação de 43 representantes dos dois sexos, com idades entre 18 e 35 anos. Durante a análise, os voluntários passaram por situações que avaliaram memória, atenção e planeamento de controle motor. As mulheres conseguiram desviar a sua atenção de maneira mais rápida não só no acto de dirigir, mas também no de ler. Segundo os cientistas, a pesquisa comprovou que o sexo feminino é mais capaz de efectuar tarefas que exigem flexibilidade mental.
No Brasil, o procurador regional dos Direitos do Cidadão do MPF (MinistérioPúblico Federal), Sergio Gardenghi Suiama, e a procuradora substituta, Adriana da Silva Fernandes, obtiveram da justiça esta segunda-feira, uma acção cautelar que suspende a apresentação do programa "Tarde quente", do humorista João Kleber, por divulgação de homofobia. A acção apresentada pelo MPF e seis ONGs ligadas à defesa dos direitos dos homossexuais e dos direitos humanos pede a cassação da concessão RedeTV!. Como direito de resposta, a providência também concedeu aos ofendidos, a exibição de programas sobre Direitos Humanos e contra a discriminação pela orientação sexual, no mesmo horário do programa alvo da acção. De acordo com o pedido, os custos referentes à transmissão dos novos programas devem ser arcados pela própria emissora.
No México, Irina Echeverría é duplamente víctima de descriminação, por ser inválida e por ser transgénero.A falta de consideração para com pessoas de cadeira de rodas e a homofobia revelaram-se na sua máxima expressão no interior do sítio onde vive: Villa de los Trabajadores del Gobierno del Distrito Federal. Entre outras agressões por parte dos seus vizinhos, aparecem insultos, obstrucção da rampa que teve de mandar construir para aceder ao seu apartamento, visto não existir nenhuma facilidade para cadeiras de rodas, roubos e até encontrar animais mortos ou excrementos lançados pelas janelas para o interior do apartamento. Irina procurou ajuda junto da Procuradoria Social del Distrito Federal sem a encontrar. Pelo contrário, deparou-se com a falta de sensibilidade e a indiferença dos funcionários.
Denunciado pelo activista Giancarlo Cornejo, no passado dia 22 de Outubro, Vanesa, uma travesti, foi agredida brutalmente num hotel em Surco, um distrito residencial perto de Lima. De acordo com a informação posta a circular, Vanesa foi agredida com uma garrafa na cabeça e posteriormente assaltada pelo agressor, o qual lhe roubou todos os seus pertences de valor. O caso de Vanesa é um dos inúmeros casos de violência cotidiana contra pessoas transgenders nos quais participam tanto indivíduos particulares como agentes estatais.

sábado, novembro 05, 2005


Bem, cá estou eu no meu terceiro blog. Para saberem, acontece que o theblog chegou ao limite de espaço em que podia postar, e para continuar a usá-lo, tinha de assinar qualquer coisa como o MyTurbo, o qual só deixa ser assinante quem resida no Brasil.
Isso e devido o facto de ultimamente nem sequer poder aceder ao blog para visualizá-lo por o server estar supostamente em baixo, decidiu-me a fazer um novo aqui.
Nos entretantos, muita coisa se passou, coisas que passaram a fazer parte da história. Muitas dessas não as referirei aqui, pois obviamente ficaram desactualizadas. Uma ou outra que considere relevante para se ver o "etat de choses" em que vivemos, postarei.
Resta-me pedir desculpas a quem tem links para o meu blog, pois vão ter o trabalho de os actualizar. E esperemos que este não me dê os problemas que o outro me tem dado.
Jinhos a tod@s e bem vindos ao meu (terceiro) blog.