Transfofa em Blog

Um espaço especial e pessoal, para dar relevo a cada momento único - Bem Vind@ ao meu Blog!

domingo, dezembro 03, 2006

Imagine-se este cenário: uma pessoa supostamente transexual, que só aceita que existam outras que também o sejam desde que simpatize com elas. O resto não existe, não são transexuais. Imagine-se que esta pessoa se dá com um círculo de amizades. E que o mundo dela se resume a este círculo. Imagine-se que esta suposta transexual nunca se prostituiu e que não se dá com as trans que o fazem. Prontos, dá-se com uma, não sejamos semíticos.
Como será que vê o mundo? E o explica?


Talvez com afirmações de que a maioria das transexuais não se prostitui, que a percentagem das que o fazem estará provavelmente abaixo dos 1%, que de todas as pessoas transexuais que conheçe pessoalmente, só uma delas se prostituiu, etc.


Talvez afirme coisas como que a maioria das transexuais não têm baixas habilitações literárias.


Talvez coisas como não existirem pessoas com uma ausência absoluta de apoio familiar. Ou seja, que as familias aceitam a transexualidade com naturalidade, digo eu. Coisas como a transexualidade real também ser discriminada pelas famílias, mas menos do que as situações voluntárias de pseudo-transexualidade. Isto considerando que as famílias sejam compostas de psiquiatras sexólogos, de outro modo será difícil discernir as diferenças.


Talvez coisas como que nenhuma dessas pessoas tem encontros sexuais esporádicos, numa confusão entre transexualidade e personalidade. Qualquer pessoa, seja o que for, pode ou não ter encontros.


Talvez coisas como estas. É o que acontece quando se vê o mundo com duas palas, como faziam com as mulas e burros antigamente. Só se vê numa direcção, o resto não existe.


Felizmente isto é um quadro hipotético, qualquer semelhança entre isto e a realidade é pura coincidência. Ou será que não?