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quarta-feira, janeiro 25, 2006


Transexuais e travestis dizem NÃO à segregação em banheiros

No dia 13 de Dezembro de 2005, a Câmara Municipal de Nova Iguaçu-RJ aprovou um projeto de lei que obriga casas de shows, shoppings, cinemas, restaurantes, clubes e similares a criar um terceiro banheiro, destinado exclusivamente a transexuais e travestis. Dias depois a direcção da Escola de Samba Viradouro anunciou que criará "banheiros gays" na sua quadra.


Em Nova Iguaçú o Projeto de Lei foi apoiado por uma certa Associação Triângulo Rosa. Longas entrevistas foram concedidas para os media nacionais e internacionais, nas quais o presidente da Associação, Eugênio Ibiapino, declara que o projeto é uma vitória de "entidades gays".


Entretanto, este "diálogo aberto" da Associação Triângulo Rosa não ocorreu com as/os mais interessados na medida: os grupos trans e as próprias pessoas trans. No caso da Escola de Samba, os banheiros diferenciados foram propostos pelo presidente da Viradouro depois que sua filha de 6 anos viu uma travesti trocar de roupas no banheiro feminino. Os grandes media aplaudiram o feito, considerando as travestis ofensivas para crianças.


Como resposta está sendo divulgado um manifesto assinado por grupos, organizações e indivíduos diversos que consideram a criação de banheiros diferenciados para pessoas trans como uma atitude segregacionista e transfóbica. O documento diz que as pessoas trans devem ser reconhecidas pela sua identidade de género, que não almejam banheiros diferenciados, mas que possam utilizar os banheiros já existentes, de acordo com suas identidades de género, sem serem discriminadas/os.


Manifesto contra banheiros alternativos para transexuais e travestis