Inês Ribeiro
COMUNICADO
No dia 17 de Abril fui afastada das Panteras Rosa, colectivo do qual fazia parte há 6 anos. O motivo, segundo quem me afastou, deveu-se a “ não me organizar nas panteras há anos e reaparecer (…) especificamente com esta história e uma mão cheia de insinuações”. A “história” a que se refere, é conhecida de todos. É a “história” do comunicado e consequente petição feita, por duas activistas, relativas a casos de violência doméstica.
Fui afastada porque, tal como outras pessoas – uma minoria dentro das Panteras – discordei da posição e do comunicado feito relativamente a este caso. Tive ainda a oportunidade de debater ideias e argumentar o que pensava, mas, depois do comunicado lançado surgiu uma nova discussão para desfazer “alguns equívocos”. Os equívocos prendiam-se não só com a cronologia dos factos do caso de violência, mas também com “equívocos” internos quando uma outra activista disse que há uns anos, dentro das Panteras, houve também um caso de violência (desta feita, no namoro). Esta discussão levou-me a ter de dizer – ou melhor, relembrar – que o tal caso de violência me envolvia a mim enquanto vítima. Não recebi resposta depois disto.
Depois do meu afastamento – sem aviso e repentino – por pôr em causa as informações que estavam a ser transmitidas erradamente no que toca ao caso em discussão, senti-me na obrigação de dizer que achava injusto e uma vergonha ser afastada daquela maneira, tendo recebido a resposta que já mencionei no início. Senti-me também na obrigação de relembrar que o meu afastamento se deveu ao caso de violência no qual fui vítima – e em que o agressor permaneceu no colectivo depois da denúncia - em que alguns membros das Panteras, na altura, me disseram para “perdoar”, “esquecer” e que “não foi de propósito”. Fui prontamente confrontada com a resposta de: “Se tens alguma coisa a resolver com a pessoa X à boleia deste caso, não será na lista interna das panteras.” Fui também acusada de ser agressora nesse relacionamento. Fui acusada de estar numa relação de “mútua agressão” e de agora querer lavar roupa suja. Estas acusações são normais quando só se ouve uma versão dos acontecimentos. Infelizmente, a minha versão nunca foi ouvida.
Quero, com este comunicado, deixar explícitas algumas coisas. Não tentei nunca resolver problemas meus ou procurar justiça ou vingança à boleia de nada. Quando mencionei o meu caso de violência foi, meramente, para fazer um paralelismo com o modo de actuação das Panteras no que se refere a casos de violência doméstica/no namoro no seio activista, nunca tendo sequer identificado quem me agrediu. As considerações que tenho a fazer sobre o comunicado feito, já as fiz quando me demarquei dele publicamente. No entanto, quero salientar que o modo hipócrita com que é feita a discussão destes casos no seio das Panteras não me representa. Os argumentos utilizados são falaciosos – como já referi, no que toca principalmente, à cronologia dos factos – de modo a proteger a imagem de uma marcha, ao invés de repensar qual é o âmago da questão, que a meu ver foi a incapacidade de resposta da comunidade LGBT aquando a primeira denúncia.
Por último, deixar evidente o contra-senso que é um colectivo recursar-se a afastar um alegado agressor – ainda que de forma preventiva – mas afastar sem problemas um membro da sua constituição.
Infelizmente, já não é a primeira vez que “o verniz estala” quando se trata de afastar e silenciar pessoas. Desta vez foi comigo. O que aconteceu a estas activistas, aconteceu comigo, e agora que falei novamente e em sua defesa, fui afastada.
Como já disse às Panteras – ou a quem as representa, tendo em conta que nenhuma resposta minha chegou à mailing devido ao meu afastamento -, espero que nunca mais tenham de lidar com vítimas. Não só porque não quero que elas existam, mas porque não lhes desejo que seja aquele colectivo a lidar com elas.
COMUNICADO
No dia 17 de Abril fui afastada das Panteras Rosa, colectivo do qual fazia parte há 6 anos. O motivo, segundo quem me afastou, deveu-se a “ não me organizar nas panteras há anos e reaparecer (…) especificamente com esta história e uma mão cheia de insinuações”. A “história” a que se refere, é conhecida de todos. É a “história” do comunicado e consequente petição feita, por duas activistas, relativas a casos de violência doméstica.
Fui afastada porque, tal como outras pessoas – uma minoria dentro das Panteras – discordei da posição e do comunicado feito relativamente a este caso. Tive ainda a oportunidade de debater ideias e argumentar o que pensava, mas, depois do comunicado lançado surgiu uma nova discussão para desfazer “alguns equívocos”. Os equívocos prendiam-se não só com a cronologia dos factos do caso de violência, mas também com “equívocos” internos quando uma outra activista disse que há uns anos, dentro das Panteras, houve também um caso de violência (desta feita, no namoro). Esta discussão levou-me a ter de dizer – ou melhor, relembrar – que o tal caso de violência me envolvia a mim enquanto vítima. Não recebi resposta depois disto.
Depois do meu afastamento – sem aviso e repentino – por pôr em causa as informações que estavam a ser transmitidas erradamente no que toca ao caso em discussão, senti-me na obrigação de dizer que achava injusto e uma vergonha ser afastada daquela maneira, tendo recebido a resposta que já mencionei no início. Senti-me também na obrigação de relembrar que o meu afastamento se deveu ao caso de violência no qual fui vítima – e em que o agressor permaneceu no colectivo depois da denúncia - em que alguns membros das Panteras, na altura, me disseram para “perdoar”, “esquecer” e que “não foi de propósito”. Fui prontamente confrontada com a resposta de: “Se tens alguma coisa a resolver com a pessoa X à boleia deste caso, não será na lista interna das panteras.” Fui também acusada de ser agressora nesse relacionamento. Fui acusada de estar numa relação de “mútua agressão” e de agora querer lavar roupa suja. Estas acusações são normais quando só se ouve uma versão dos acontecimentos. Infelizmente, a minha versão nunca foi ouvida.
Quero, com este comunicado, deixar explícitas algumas coisas. Não tentei nunca resolver problemas meus ou procurar justiça ou vingança à boleia de nada. Quando mencionei o meu caso de violência foi, meramente, para fazer um paralelismo com o modo de actuação das Panteras no que se refere a casos de violência doméstica/no namoro no seio activista, nunca tendo sequer identificado quem me agrediu. As considerações que tenho a fazer sobre o comunicado feito, já as fiz quando me demarquei dele publicamente. No entanto, quero salientar que o modo hipócrita com que é feita a discussão destes casos no seio das Panteras não me representa. Os argumentos utilizados são falaciosos – como já referi, no que toca principalmente, à cronologia dos factos – de modo a proteger a imagem de uma marcha, ao invés de repensar qual é o âmago da questão, que a meu ver foi a incapacidade de resposta da comunidade LGBT aquando a primeira denúncia.
Por último, deixar evidente o contra-senso que é um colectivo recursar-se a afastar um alegado agressor – ainda que de forma preventiva – mas afastar sem problemas um membro da sua constituição.
Infelizmente, já não é a primeira vez que “o verniz estala” quando se trata de afastar e silenciar pessoas. Desta vez foi comigo. O que aconteceu a estas activistas, aconteceu comigo, e agora que falei novamente e em sua defesa, fui afastada.
Como já disse às Panteras – ou a quem as representa, tendo em conta que nenhuma resposta minha chegou à mailing devido ao meu afastamento -, espero que nunca mais tenham de lidar com vítimas. Não só porque não quero que elas existam, mas porque não lhes desejo que seja aquele colectivo a lidar com elas.
[Portugal]
A JANO em sua reunião de Direcção, entendeu esclarecer após contactos estabelecidos, a população em geral com a seguinte tomada de posição, ao qual pede esclarecimentos às Entidades necessárias.
COMUNICADO
[Portugal]
Dádivas de Sangue + Lei da Identidade de Género no Parlamento // Bichas Podcast
Neste episódio conversamos com o deputado José Soeiro a propósito de alguns assuntos LGBTQ que estiverão e vão estar em discussão no Parlamento:
A discriminação dos homens gay e bissexuais nas dádivas de sangue (que embora alterada em 2010 se continua a verificar), a lei da identidade de género em Portugal que o bloco vai iniciar o processo para a melhorar e, finalmente, sobre o que é defender iniciativas LGBTQ no parlamento e no meio de uma maioria de direita.
[UK]
Police Continue Investigating Murder of Vanessa Santillan
Setting up alternative ways that people can offer information
[India]
Transgenders in need of respectable jobs
A number of music and dance performances marked the National Transgender Day celebration organised by Social Welfare Development Trust, and several transgenders from Madurai and the surrounding districts participated in it.
A Job Portal That Caters to Transgenders and Hires Them Too
[India]
Schemes for transgenders benefit too few
Mythri, a pension scheme introduced for transgenders aged above 40 in February 2014, has so far seen only 139 enrolments.
[India]
Transgenders Entitled to Head of Household Status: HC
In yet another significant decision for transgenders, the Allahabad High Court has ruled that they are entitled to the status of head of a household which will allow them to avail food security benefit through ration card.
[China]
Transsexual dance star finds fame with gift for gab
Transsexual and transgender individuals tend to make headlines in Chinese media for the novelty factor they bring. However, Jin Xing, the most famous transsexual in China, has made a name for herself for what she does, rather than what she is.
[Indonesia]
Inside Indonesia’s Islamic Boarding School for Transgender People
Fulvio Bugani, an Italian photographer, spent nearly three weeks living with a transgender community in Indonesia
[Vietnam]
Vietnam may recognize trans people
Health official supports change in the law
Vietnam mulls recognizing sex reassignment
[USA]
Andreja Pejic Reportedly Lands 'Vogue' Editorial & It's A Big Deal For The Trans Community
This is shaping up to be a big year for ethereal creature and transgender supermodel Andreja Pejic. In 2014, Pejic came out as a transgender woman, and earlier on this year, she made her triumphant return to the catwalk. She’s also filming a documentary about her transition. Now, word on the street is that Andreja Pejic will star in a Vogue editorial in the upcoming issue of the magazine. If this turns out to be true, it’s definitely a groundbreaking moment.
[CO, USA]
Boulder County transgender allies decry failure of birth certificate bill
Transgender Boulder County residents and their allies alike are bothered by state lawmakers' decision last week to vote down a bill that would have allowed Coloradans who don't identify with their originally assigned gender to update their birth certificates.
[FL, USA]
Local pop-up store provides free clothing for trans people
Transitioning is expensive.
There’s any amount of therapy, because the World Professional Association for Transgender Health has no minimum recommendation.
Then come hormone or testosterone therapies, potentially followed by surgeries.
[NY, USA]
Explaining GENDA
Eleven cities and towns in New York State have passed laws prohibiting discrimination against individuals because of their gender identity or expression. But there is no statewide protection because the State Senate has not passed the Gender Expression Non-discrimination Act. What would GENDA do and why do supporters think it’s necessary?
[Mexico]
Exige Movimiento LGBTI a diputados legislen a favor del cambio de identidad en Chihuahua
Celebran conferencia de prensa donde exigen trabajen en beneficio de las personas que buscan cambiar documentos oficiales hombre a mujer
[Colombia]
Endry Cardeño quiere que le dejen de preguntar por lo que tiene entre las piernas
La única actriz transgénero del país se queja porque los periodistas siempre la entrevistan por el mismo tema.
[Argentina]
“San Juan es una provincia donde se hace notar la transfobia y homofobia”
La primera mujer transexual en su tierra natal en conseguir su DNI con su identidad autopercibida
A JANO em sua reunião de Direcção, entendeu esclarecer após contactos estabelecidos, a população em geral com a seguinte tomada de posição, ao qual pede esclarecimentos às Entidades necessárias.
COMUNICADO
[Portugal]
Dádivas de Sangue + Lei da Identidade de Género no Parlamento // Bichas Podcast
Neste episódio conversamos com o deputado José Soeiro a propósito de alguns assuntos LGBTQ que estiverão e vão estar em discussão no Parlamento:
A discriminação dos homens gay e bissexuais nas dádivas de sangue (que embora alterada em 2010 se continua a verificar), a lei da identidade de género em Portugal que o bloco vai iniciar o processo para a melhorar e, finalmente, sobre o que é defender iniciativas LGBTQ no parlamento e no meio de uma maioria de direita.
[UK]
Police Continue Investigating Murder of Vanessa Santillan
Setting up alternative ways that people can offer information
[India]
Transgenders in need of respectable jobs
A number of music and dance performances marked the National Transgender Day celebration organised by Social Welfare Development Trust, and several transgenders from Madurai and the surrounding districts participated in it.
A Job Portal That Caters to Transgenders and Hires Them Too
[India]
Schemes for transgenders benefit too few
Mythri, a pension scheme introduced for transgenders aged above 40 in February 2014, has so far seen only 139 enrolments.
[India]
Transgenders Entitled to Head of Household Status: HC
In yet another significant decision for transgenders, the Allahabad High Court has ruled that they are entitled to the status of head of a household which will allow them to avail food security benefit through ration card.
[China]
Transsexual dance star finds fame with gift for gab
Transsexual and transgender individuals tend to make headlines in Chinese media for the novelty factor they bring. However, Jin Xing, the most famous transsexual in China, has made a name for herself for what she does, rather than what she is.
[Indonesia]
Inside Indonesia’s Islamic Boarding School for Transgender People
Fulvio Bugani, an Italian photographer, spent nearly three weeks living with a transgender community in Indonesia
[Vietnam]
Vietnam may recognize trans people
Health official supports change in the law
Vietnam mulls recognizing sex reassignment
[USA]
Andreja Pejic Reportedly Lands 'Vogue' Editorial & It's A Big Deal For The Trans Community
This is shaping up to be a big year for ethereal creature and transgender supermodel Andreja Pejic. In 2014, Pejic came out as a transgender woman, and earlier on this year, she made her triumphant return to the catwalk. She’s also filming a documentary about her transition. Now, word on the street is that Andreja Pejic will star in a Vogue editorial in the upcoming issue of the magazine. If this turns out to be true, it’s definitely a groundbreaking moment.
[CO, USA]
Boulder County transgender allies decry failure of birth certificate bill
Transgender Boulder County residents and their allies alike are bothered by state lawmakers' decision last week to vote down a bill that would have allowed Coloradans who don't identify with their originally assigned gender to update their birth certificates.
[FL, USA]
Local pop-up store provides free clothing for trans people
Transitioning is expensive.
There’s any amount of therapy, because the World Professional Association for Transgender Health has no minimum recommendation.
Then come hormone or testosterone therapies, potentially followed by surgeries.
[NY, USA]
Explaining GENDA
Eleven cities and towns in New York State have passed laws prohibiting discrimination against individuals because of their gender identity or expression. But there is no statewide protection because the State Senate has not passed the Gender Expression Non-discrimination Act. What would GENDA do and why do supporters think it’s necessary?
[Mexico]
Exige Movimiento LGBTI a diputados legislen a favor del cambio de identidad en Chihuahua
Celebran conferencia de prensa donde exigen trabajen en beneficio de las personas que buscan cambiar documentos oficiales hombre a mujer
[Colombia]
Endry Cardeño quiere que le dejen de preguntar por lo que tiene entre las piernas
La única actriz transgénero del país se queja porque los periodistas siempre la entrevistan por el mismo tema.
[Argentina]
“San Juan es una provincia donde se hace notar la transfobia y homofobia”
La primera mujer transexual en su tierra natal en conseguir su DNI con su identidad autopercibida
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