Um ano passou desde que o maltratado corpo de Gisberta Salce Júnior foi descoberto numa espécie de poço ao pé (dentro) do prédio em construção (ruínas) onde habitava.
Um ano. Desde esse malfadado dia seria legítimo esperar que alguém (governo) tivesse feito algo para evitar futuros casos como este.
Um ano em que se viu um julgamento (mais uma farsa digna de Aristófanes) que responsabilizou os autores deste assassinato por agressão, tendo sido condenados a penas fictícias.
Um ano em que se descobriu que quem assassinou Gisberta foi água que estava no buraco (poço), não quem a martirizou por tanto tempo, exaurindo-lhe as (poucas) forças que teria. Em que se descobriu que não são assassinos quem a atirou.
Um ano em que se ficou a saber que, se se afogar alguém obrigando a cabeça a ficar dentro de água, não se é culpado de assassínio. A culpa é da água que não tem nada que entrar nos pulmões da pessoa (como já tinha referido num post na altura do julgamento).
Um ano em que se viu (e apesar de promessas feitas) o principal partido do governo relegar para o fim da sua legislatura "casos fracturantes" como o do casamento entre pessoas do mesmo género. (Realmente, quem tem a ver com quem outras pessoas casem?)
Um ano em que se viu, finalmente, uma associação LGBT a fazer qualquer coisa pela população T (além da ªt). O primeiro debate da ILGA sobre a temática trans é de aplaudir.
Um ano em que se viu um movimento (Panteras Rosa) a batalhar constantemente pela temática T.
Seria legítimo esperar no dia em que se relembra a Gisberta, comunicados a homenagearem quem tanto sofreu, e por seu intermédio, homenagearem tod@s aquel@s que tiveram o mesmo fim (sim, houve casos anteriores), mas que não tiveram o mesmo mediatismo.
É com mágoa e com um reforçar do sentimento de exclusão que se vê que, salvo a ªt com uma campanha online denominada "Não Temos Vergonha", e o movimento Panteras Rosa com acções que se estenderão até Março, além da emissão de um comunicado, mais nenhuma associação se dignou a honrar a memória de Gisberta.
Nem mesmo, como seria de esperar depois da organização de um debate, a ILGA-Portugal, que parecia estar finalmente a mexer-se. Nem a Opus Gay apesar de ter noticiado a criação de um "núcleo trans" que se absteve de fazer seja o que for até ao momento.
Nos meios LGBT o silêncio é impressionante, salvo um ou outro blog pessoal.
É triste, passado um ano, ver-se como as pessoas Transgénero (a Gisberta era Transexual) continuam a ser sistematicamente excluídas e ignoradas. Mesmo silenciadas.
Um ano passou... Que venha o próximo.
Um ano. Desde esse malfadado dia seria legítimo esperar que alguém (governo) tivesse feito algo para evitar futuros casos como este.
Um ano em que se viu um julgamento (mais uma farsa digna de Aristófanes) que responsabilizou os autores deste assassinato por agressão, tendo sido condenados a penas fictícias.
Um ano em que se descobriu que quem assassinou Gisberta foi água que estava no buraco (poço), não quem a martirizou por tanto tempo, exaurindo-lhe as (poucas) forças que teria. Em que se descobriu que não são assassinos quem a atirou.
Um ano em que se ficou a saber que, se se afogar alguém obrigando a cabeça a ficar dentro de água, não se é culpado de assassínio. A culpa é da água que não tem nada que entrar nos pulmões da pessoa (como já tinha referido num post na altura do julgamento).
Um ano em que se viu (e apesar de promessas feitas) o principal partido do governo relegar para o fim da sua legislatura "casos fracturantes" como o do casamento entre pessoas do mesmo género. (Realmente, quem tem a ver com quem outras pessoas casem?)
Um ano em que se viu, finalmente, uma associação LGBT a fazer qualquer coisa pela população T (além da ªt). O primeiro debate da ILGA sobre a temática trans é de aplaudir.
Um ano em que se viu um movimento (Panteras Rosa) a batalhar constantemente pela temática T.
Seria legítimo esperar no dia em que se relembra a Gisberta, comunicados a homenagearem quem tanto sofreu, e por seu intermédio, homenagearem tod@s aquel@s que tiveram o mesmo fim (sim, houve casos anteriores), mas que não tiveram o mesmo mediatismo.
É com mágoa e com um reforçar do sentimento de exclusão que se vê que, salvo a ªt com uma campanha online denominada "Não Temos Vergonha", e o movimento Panteras Rosa com acções que se estenderão até Março, além da emissão de um comunicado, mais nenhuma associação se dignou a honrar a memória de Gisberta.
Nem mesmo, como seria de esperar depois da organização de um debate, a ILGA-Portugal, que parecia estar finalmente a mexer-se. Nem a Opus Gay apesar de ter noticiado a criação de um "núcleo trans" que se absteve de fazer seja o que for até ao momento.
Nos meios LGBT o silêncio é impressionante, salvo um ou outro blog pessoal.
É triste, passado um ano, ver-se como as pessoas Transgénero (a Gisberta era Transexual) continuam a ser sistematicamente excluídas e ignoradas. Mesmo silenciadas.
Um ano passou... Que venha o próximo.
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