Existem muitas coisas que se podem mudar nas nossas vidas: decisões, atitudes e sei lá que mais. Mas também existem coisas que não se podem mudar, tal como factos que aconteceram. Esses factos são passado. Não se podem alterar. Podem-se emendar, mas que aconteceram, aconteceram.
Vem isto a propósito de um post que li recentemente aqui, e com o qual concordo até uma parte em que, incompreensivelmente, falseia os factos. E cito: "Infelizmente em Portugal não houve nunca quem nos soubesse defender destas injúrias, já que uns gritam alardeadamente degradação e outros nem sabem como abrir a boca para gritar."
Não faço ideia do significado de "gritar alardeadamente degradação", deve ser alguma ideia que a autora teve mas que não atingi, nem o que quer dizer com "outros nem sabem abrir a boca para gritar". Só se se estiver a referir à grande massa incógnita de Transexuais que permanecem escondidos.
Agora que afirme que em Portugal nunca houve ninguém que defendesse a população Transexual dessas injúrias é uma deturpação dos factos e uma falsidade total. Houve quem o fizesse, sim, e não só uma pessoa. mas basta-me referir uma pessoa, sobejamente conhecida, a Jó Bernardo, que o fez incansavelmente durante muitos anos.
Não sei o propósito desta afirmação, se foi por completo desconhecimento do activismo em Portugal, se foi por despeito por não ser tão conhecida, se por ódios pessoais. O facto é que esta afirmação é FALSA. O facto é que antes de falarem (escreverem) as pessoas deviam-se informar bem do(s) assuntos que versam.
Basta este exemplo: no dia do célebre debate sobre Transexualidade, a Jó Bernardo iniciou o debate precisamente por essa questão. Nem a mesa, nem o próprio Dr. Pedro Freitas (do Hospital Júlio de Matos) acharam esta questão muito pertinente, relegando-a para segundo plano. E como testemunhas do que digo, duas pessoas conhecidas deste universo bloguista: Luísa Reis (aka L aka Siona), que estava na mesa e presenciou tudo, e Duncan Idaho (aka Anakin) que se encontrava presente na assistência e com o qual tive o prazer de trocar algumas impressões.
Pois é. Não era assunto importante. E no entanto eis um post dedicado a ele. E no entanto, por causa desta classificação, no Hospital de Santa Maria, hoje em dia, qualquer Transexual que se dirija lá para fazer uma operação é OBRIGADO a: se for FTM a ficar na enfermaria feminina, se for MTF a ficar na enfermaria dos homens. O que é TOTAL E COMPLETAMENTE INACEITÁVEL.
Ainda há bem pouco tempo, quando era o cirurgião destacado para estes casos o Dr. Godinho de Matos, as coisas não eram assim. Era o oposto. As pessoas ficavam onde DEVIAM ficar, os Transexuais masculinos na enfermaria dos homens e as femininas na das mulheres.
Com a nova administração do Hospital, e graças à classificação cromossomática, ficámos com mais uma situação discriminatória e abusiva. Nem o Dr. João Décio, segundo consta, parece ter força suficiente para corrigir as coisas.
Afinal a vontade que a Jó tinha de clarificar certas coisas sempre tinha a sua razão de ser. E afinal este assunto não parece ser de "segunda linha".
Portanto há que repôr a veracidade dos factos. HOUVE quem se insurgisse desde sempre contra este estado de coisas. E talvez muito por culpa de quem agora ladra muito, mas quando é necessário aparecer para dar suporte e força a quem reclama, prefere ficar em casa, deixando que outr@s sofram as discriminações, é que as coisas chegaram a este ponto, um retrocesso.
Podem não concordar com os métodos e/ou não simpatizar com a pessoa, mas isso não autoriza ninguém a mudar a VERACIDADE DOS FACTOS. E a verdade é que HOUVE QUEM LUTASSE.
Vem isto a propósito de um post que li recentemente aqui, e com o qual concordo até uma parte em que, incompreensivelmente, falseia os factos. E cito: "Infelizmente em Portugal não houve nunca quem nos soubesse defender destas injúrias, já que uns gritam alardeadamente degradação e outros nem sabem como abrir a boca para gritar."
Não faço ideia do significado de "gritar alardeadamente degradação", deve ser alguma ideia que a autora teve mas que não atingi, nem o que quer dizer com "outros nem sabem abrir a boca para gritar". Só se se estiver a referir à grande massa incógnita de Transexuais que permanecem escondidos.
Agora que afirme que em Portugal nunca houve ninguém que defendesse a população Transexual dessas injúrias é uma deturpação dos factos e uma falsidade total. Houve quem o fizesse, sim, e não só uma pessoa. mas basta-me referir uma pessoa, sobejamente conhecida, a Jó Bernardo, que o fez incansavelmente durante muitos anos.
Não sei o propósito desta afirmação, se foi por completo desconhecimento do activismo em Portugal, se foi por despeito por não ser tão conhecida, se por ódios pessoais. O facto é que esta afirmação é FALSA. O facto é que antes de falarem (escreverem) as pessoas deviam-se informar bem do(s) assuntos que versam.
Basta este exemplo: no dia do célebre debate sobre Transexualidade, a Jó Bernardo iniciou o debate precisamente por essa questão. Nem a mesa, nem o próprio Dr. Pedro Freitas (do Hospital Júlio de Matos) acharam esta questão muito pertinente, relegando-a para segundo plano. E como testemunhas do que digo, duas pessoas conhecidas deste universo bloguista: Luísa Reis (aka L aka Siona), que estava na mesa e presenciou tudo, e Duncan Idaho (aka Anakin) que se encontrava presente na assistência e com o qual tive o prazer de trocar algumas impressões.
Pois é. Não era assunto importante. E no entanto eis um post dedicado a ele. E no entanto, por causa desta classificação, no Hospital de Santa Maria, hoje em dia, qualquer Transexual que se dirija lá para fazer uma operação é OBRIGADO a: se for FTM a ficar na enfermaria feminina, se for MTF a ficar na enfermaria dos homens. O que é TOTAL E COMPLETAMENTE INACEITÁVEL.
Ainda há bem pouco tempo, quando era o cirurgião destacado para estes casos o Dr. Godinho de Matos, as coisas não eram assim. Era o oposto. As pessoas ficavam onde DEVIAM ficar, os Transexuais masculinos na enfermaria dos homens e as femininas na das mulheres.
Com a nova administração do Hospital, e graças à classificação cromossomática, ficámos com mais uma situação discriminatória e abusiva. Nem o Dr. João Décio, segundo consta, parece ter força suficiente para corrigir as coisas.
Afinal a vontade que a Jó tinha de clarificar certas coisas sempre tinha a sua razão de ser. E afinal este assunto não parece ser de "segunda linha".
Portanto há que repôr a veracidade dos factos. HOUVE quem se insurgisse desde sempre contra este estado de coisas. E talvez muito por culpa de quem agora ladra muito, mas quando é necessário aparecer para dar suporte e força a quem reclama, prefere ficar em casa, deixando que outr@s sofram as discriminações, é que as coisas chegaram a este ponto, um retrocesso.
Podem não concordar com os métodos e/ou não simpatizar com a pessoa, mas isso não autoriza ninguém a mudar a VERACIDADE DOS FACTOS. E a verdade é que HOUVE QUEM LUTASSE.
Até mais que uma pessoa.
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