Há muito tempo que não escrevia. Há mesmo muito tempo. Não é que se tenha passado alguma coisa de muito especial neste tempo todo. As coisas continuam no mesmo marasmo cultural e sociológico de sempre. Continua a discriminação a vitimizar as pessoas transexuais, como sempre, e quase semanalmente tenho de publicar no meu blog e no PortugalGay mortes trans ocorridas por esse mundo fora.
Nas últimas eleições não fui votar pela primeira vez desde há muito tempo. E porque não fui? Não, não foi por causa da minha documentação estar ainda no masculino. Isso é sempre desagradável e incomodativo, mas como sempre faço, digo com um ar muito natural e desinteressado que “sou transexual, é por isso.” Depois faço aquele ar inocente de “Há algum problema?”
Muito pior do que isso é o arranjar emprego onde na documentação aparece um homem e na foto uma mulher. Como na maioria dos casos nem se chega às entrevistas, vejo-me impossibilitada de me defender ou de justificar a discrepância entre a foto e a documentação. Devo ser logo posta de lado, penso eu de que.
Não. Não fui votar porque simplesmente considerei que não valia a pena ir. E porquê? Bem, porque ia votar para o parlamento europeu e para quê? Há quantos anos não existem propostas e recomendações relativas à população T que pura e simplesmente são completamente ignoradas pelos sucessivos governos, sem sofrerem penalizações de qualquer espécie? Então se é assim, ia votar para quê? Para oferecer com o meu voto mais um tacho a um membro de um partido e continuar a nem sequer arranjar um emprego? Talvez a maioria das pessoas que não foram votar também pensem assim, cada uma no seu caso, obviamente.
E dito isto, também o panorama nacional não se apresenta nada promissor. Vem aí um novo governo. Ou seja, ou continua o PS, afirmando ser da esquerda moderada e implementando políticas de direita (mas ainda há quem acredite nisto???), hostentando a bandeira da luta contra a discriminação, segundo afirmações do seu secretário geral e presentemente primeiro ministro, José Sócrates, mas que inexplicavelmente vê a discriminação existente na não aceitação do casamento homossexual, e não a vê na inexistência de uma lei de identidade de género em Portugal, ou na lacuna existente no artº 13º da Constituição Portuguesa ao não mencionar a identidade de género. Mais, nem a vê em relação à homoparentalidade. Muito selectiva esta luta contra a discriminação. Como governante, e se considera uma atitude discriminatória, que faça as leis para corrigir. Debates? Debater o quê, se já assumiu que é uma discriminação? Que governe e corrija, é o que se exige, não que se emaranhe em debates em que toda a gente já sabe quais as posições de cada um. Ou então vem aí uma coligação centro direita (PS) com a direita declarada (PSD), o que a acontecer posso desde já preconizar o adeus ao casamento homossexual, ou um governo de direita, que apesar de tudo o que fizeram no passado, continuam a inexplicavelmente obter votações expressivas.
O resto? Temos um PCP com teorias ultrapassadas, no meu ponto de vista, com um historial homofóbico e transfóbico, que segue uma linha que por esse mundo fora deu azo a muitas ditaduras. E uma ditadura é sempre uma ditadura, seja de direita ou de esquerda.
Temos um CDS que se tenta postar o mais à direita possível, e nem vale a pena perder mais tempo com ele.
Temos um BE, que seria talvez a possibilidade mais viável de se dar uma hipótese a quem nunca governou mas que até tem umas ideias. Teve uma boa actuação quando da audição parlamentar sobre a transexualidade, mas claudicou depois, metendo este tema na gaveta, quem sabe por não ser muito do seu agrado. Mas não vejo outras hipóteses.
Assim, vamos ter ou o PS, ou o PSD, ou coligações entre eles. Nada de novo no panorama político português.
Bem, falando de outro assunto, por causa da tromboflebite que tive, não pude ir à consulta com a psicóloga no Júlio de Matos pois pura e simplesmente não estava em condições. Mandei uma sms a avisar que não podia ir e a pedir para me marcar outra daí a um mês. Não obtive resposta. Mandei outras entretanto que também não tiveram retorno, apesar de entregues. Tentei ligar a diferentes horas do dia e nada. Ou seja, como a nova administração do Hospital Júlio de Matos parece determinada em acabar com as consultas de transexualidade lá, despacharam algumas pessoas que trabalhavam neste tema. Com o resultado que se está a ver, a minha psicóloga foi uma das que saíram, e só vai lá por especial favor para com quem tinha consultas com ela. O que faz com que os serviços administrativos nunca saibam quando aparece. O que torna impossível qualquer contacto com ela, visto que não responde a sms nem atende chamadas.
Quando fui à última consulta de endocrinologia, depois de estar três meses sem qualquer tratamento hormonal e de pelo menos eu já notar os efeitos perniciosos da testosterona a regressarem, o endocrino foi da opinião que ainda não devia retomar qualquer tratamento depois de ver as análises, e remeteu-me para o Garcia da Horta para que quem me atendeu nas urgências assuma a responsabilidade do tratamento, talvez por julgar que não ganha o suficiente para essa responsabilidade, penso eu. OK, compreendo a posição, embora não concorde com ela, pois ele devia era estudar estes casos (não, não fui a única) e estudar qual o tratamento mais viável, ou seja, o que ofereça o menor risco possível.
Bem, então pedi uma carta com a opinião profissional dele que não devia retomar o tratamento, e que como única hipótese válida de eliminar a testosterona seria a remoção dos testículos. É que sem tratamento hormonal não há mais nenhuma coisa a fazer. Pois bem, também se recusou. A desculpa? “cirurgias eram com o cirurgião, não com ele”. Bem, tembém não era eu que queria ser operada por um endocrinologista, queria era um fundamento clínico para poder bater-me por isso rapidamente.
E estou nisto há mais de três meses e não se vê luz ao fundo do túnel.
Portanto, e é com pesar que digo isto, esqueçam o Hospital Júlio de Matos para fazerem o vosso processo. Se ainda estiverem lá há pouco tempo, mudem para Santa Maria. Mal por mal, sempre se pode contactar com quem trata dos processos. Mas o Júlio de Matos, esqueçam.
Como corolário de tudo isto, encontrei uma entrevista dada pelo Sérgio Vitorino à revista TimeOut Lisboa intitulada “Vem aí um Verão Quente de homofobia” em que descobri esta pérola: numa referência à restante agenda LGBTT em que dizia que outros temas têm sido negligenciados, Bruno Horta (o entrevistador) pergunta-lhe: “Refere-se à defesa das pessoas transgénero?” que obteve a seguinte resposta “Não só. A homoparentalidade [adopção, reprodução assistida, filhos biológicos, etc.] é mais importante ainda.”
O mote está lançado. Temos em Portugal pessoas que arriscam a vida ao fazerem um tratamento hormonal agressivo tanto para os rins como para a corrente sanguínea, e que sofrem de tal maneira perseguições que existem casos como a Gisberta e como o da Luna. A Tamara morreu por causa do tratamento. A Salomé teve um avc sensivelmente na mesma altura em que eu tive a tromboflebite, ambas por causa de um tratamento agressivo dado por demasiado tempo, pois os processos em Portugal, apesar das afirmações médicas indicarem uns dois anos, demora muito mais tempo. Os endocrinologistas só se interessam pelos níveis hormonais e pelo estado dos rins. Se o peito cresce ou não, ou se se está em risco de sofrer uma trombose ou um avc é-lhes indiferente.
E de repende considerar-se que a homoparentalidade é mais importante? É uma discriminação óbvia, tão óbvia como o casamento homossexual. Mas ninguém morre ou fica em risco de vida por não poder casar ou por não poder adoptar, enquanto que qualquer transexual (pelo menos as femininas) corre risco de vida. A nível de activismo LGBTT parece que as prioridades estão a ficar todas trocadas. Homofobia e transfobia corremos tod@s o risco de nos tornarmos vítimas. Discriminação idem, embora uma pessoa transexual corra um risco acrescido, mas prontos. No restante, as outras discriminações que andam tanto em voga ultimamente não acrescem risco de vida a ninguem, por não casarem ou por não poderem adoptar.
Mas o risco das pessoas transexuais é bem real. As questões sobre a homoparentalidade são tratadas de forma discriminatória, isso é um facto. Mas o dizer-se que é mais importante que o risco de se ser transexual, tenham juízo.
Como dizia, o mote está lançado. Quando acabar a discriminação do casamento gay, ninguém espere que assuntos T venham à baila. O que virá a seguir será a problemática da homoparentalidade. Identidade de género? Hummm... o timing não é o correcto, como é usual, fica para depois, etc,etc,etc ... ad aeternum ...
[International]
Report Warns Murder Rate Against Transgendered People Is Rising
A new report has found an estimated 200 transgendered persons were murdered from January 2008 to June 2009; which is enough to say that every three days a transgendered person is killed somewhere in the world.
Every Three Days, a Transgender Person is Murdered in the World
Nas últimas eleições não fui votar pela primeira vez desde há muito tempo. E porque não fui? Não, não foi por causa da minha documentação estar ainda no masculino. Isso é sempre desagradável e incomodativo, mas como sempre faço, digo com um ar muito natural e desinteressado que “sou transexual, é por isso.” Depois faço aquele ar inocente de “Há algum problema?”
Muito pior do que isso é o arranjar emprego onde na documentação aparece um homem e na foto uma mulher. Como na maioria dos casos nem se chega às entrevistas, vejo-me impossibilitada de me defender ou de justificar a discrepância entre a foto e a documentação. Devo ser logo posta de lado, penso eu de que.
Não. Não fui votar porque simplesmente considerei que não valia a pena ir. E porquê? Bem, porque ia votar para o parlamento europeu e para quê? Há quantos anos não existem propostas e recomendações relativas à população T que pura e simplesmente são completamente ignoradas pelos sucessivos governos, sem sofrerem penalizações de qualquer espécie? Então se é assim, ia votar para quê? Para oferecer com o meu voto mais um tacho a um membro de um partido e continuar a nem sequer arranjar um emprego? Talvez a maioria das pessoas que não foram votar também pensem assim, cada uma no seu caso, obviamente.
E dito isto, também o panorama nacional não se apresenta nada promissor. Vem aí um novo governo. Ou seja, ou continua o PS, afirmando ser da esquerda moderada e implementando políticas de direita (mas ainda há quem acredite nisto???), hostentando a bandeira da luta contra a discriminação, segundo afirmações do seu secretário geral e presentemente primeiro ministro, José Sócrates, mas que inexplicavelmente vê a discriminação existente na não aceitação do casamento homossexual, e não a vê na inexistência de uma lei de identidade de género em Portugal, ou na lacuna existente no artº 13º da Constituição Portuguesa ao não mencionar a identidade de género. Mais, nem a vê em relação à homoparentalidade. Muito selectiva esta luta contra a discriminação. Como governante, e se considera uma atitude discriminatória, que faça as leis para corrigir. Debates? Debater o quê, se já assumiu que é uma discriminação? Que governe e corrija, é o que se exige, não que se emaranhe em debates em que toda a gente já sabe quais as posições de cada um. Ou então vem aí uma coligação centro direita (PS) com a direita declarada (PSD), o que a acontecer posso desde já preconizar o adeus ao casamento homossexual, ou um governo de direita, que apesar de tudo o que fizeram no passado, continuam a inexplicavelmente obter votações expressivas.
O resto? Temos um PCP com teorias ultrapassadas, no meu ponto de vista, com um historial homofóbico e transfóbico, que segue uma linha que por esse mundo fora deu azo a muitas ditaduras. E uma ditadura é sempre uma ditadura, seja de direita ou de esquerda.
Temos um CDS que se tenta postar o mais à direita possível, e nem vale a pena perder mais tempo com ele.
Temos um BE, que seria talvez a possibilidade mais viável de se dar uma hipótese a quem nunca governou mas que até tem umas ideias. Teve uma boa actuação quando da audição parlamentar sobre a transexualidade, mas claudicou depois, metendo este tema na gaveta, quem sabe por não ser muito do seu agrado. Mas não vejo outras hipóteses.
Assim, vamos ter ou o PS, ou o PSD, ou coligações entre eles. Nada de novo no panorama político português.
Bem, falando de outro assunto, por causa da tromboflebite que tive, não pude ir à consulta com a psicóloga no Júlio de Matos pois pura e simplesmente não estava em condições. Mandei uma sms a avisar que não podia ir e a pedir para me marcar outra daí a um mês. Não obtive resposta. Mandei outras entretanto que também não tiveram retorno, apesar de entregues. Tentei ligar a diferentes horas do dia e nada. Ou seja, como a nova administração do Hospital Júlio de Matos parece determinada em acabar com as consultas de transexualidade lá, despacharam algumas pessoas que trabalhavam neste tema. Com o resultado que se está a ver, a minha psicóloga foi uma das que saíram, e só vai lá por especial favor para com quem tinha consultas com ela. O que faz com que os serviços administrativos nunca saibam quando aparece. O que torna impossível qualquer contacto com ela, visto que não responde a sms nem atende chamadas.
Quando fui à última consulta de endocrinologia, depois de estar três meses sem qualquer tratamento hormonal e de pelo menos eu já notar os efeitos perniciosos da testosterona a regressarem, o endocrino foi da opinião que ainda não devia retomar qualquer tratamento depois de ver as análises, e remeteu-me para o Garcia da Horta para que quem me atendeu nas urgências assuma a responsabilidade do tratamento, talvez por julgar que não ganha o suficiente para essa responsabilidade, penso eu. OK, compreendo a posição, embora não concorde com ela, pois ele devia era estudar estes casos (não, não fui a única) e estudar qual o tratamento mais viável, ou seja, o que ofereça o menor risco possível.
Bem, então pedi uma carta com a opinião profissional dele que não devia retomar o tratamento, e que como única hipótese válida de eliminar a testosterona seria a remoção dos testículos. É que sem tratamento hormonal não há mais nenhuma coisa a fazer. Pois bem, também se recusou. A desculpa? “cirurgias eram com o cirurgião, não com ele”. Bem, tembém não era eu que queria ser operada por um endocrinologista, queria era um fundamento clínico para poder bater-me por isso rapidamente.
E estou nisto há mais de três meses e não se vê luz ao fundo do túnel.
Portanto, e é com pesar que digo isto, esqueçam o Hospital Júlio de Matos para fazerem o vosso processo. Se ainda estiverem lá há pouco tempo, mudem para Santa Maria. Mal por mal, sempre se pode contactar com quem trata dos processos. Mas o Júlio de Matos, esqueçam.
Como corolário de tudo isto, encontrei uma entrevista dada pelo Sérgio Vitorino à revista TimeOut Lisboa intitulada “Vem aí um Verão Quente de homofobia” em que descobri esta pérola: numa referência à restante agenda LGBTT em que dizia que outros temas têm sido negligenciados, Bruno Horta (o entrevistador) pergunta-lhe: “Refere-se à defesa das pessoas transgénero?” que obteve a seguinte resposta “Não só. A homoparentalidade [adopção, reprodução assistida, filhos biológicos, etc.] é mais importante ainda.”
O mote está lançado. Temos em Portugal pessoas que arriscam a vida ao fazerem um tratamento hormonal agressivo tanto para os rins como para a corrente sanguínea, e que sofrem de tal maneira perseguições que existem casos como a Gisberta e como o da Luna. A Tamara morreu por causa do tratamento. A Salomé teve um avc sensivelmente na mesma altura em que eu tive a tromboflebite, ambas por causa de um tratamento agressivo dado por demasiado tempo, pois os processos em Portugal, apesar das afirmações médicas indicarem uns dois anos, demora muito mais tempo. Os endocrinologistas só se interessam pelos níveis hormonais e pelo estado dos rins. Se o peito cresce ou não, ou se se está em risco de sofrer uma trombose ou um avc é-lhes indiferente.
E de repende considerar-se que a homoparentalidade é mais importante? É uma discriminação óbvia, tão óbvia como o casamento homossexual. Mas ninguém morre ou fica em risco de vida por não poder casar ou por não poder adoptar, enquanto que qualquer transexual (pelo menos as femininas) corre risco de vida. A nível de activismo LGBTT parece que as prioridades estão a ficar todas trocadas. Homofobia e transfobia corremos tod@s o risco de nos tornarmos vítimas. Discriminação idem, embora uma pessoa transexual corra um risco acrescido, mas prontos. No restante, as outras discriminações que andam tanto em voga ultimamente não acrescem risco de vida a ninguem, por não casarem ou por não poderem adoptar.
Mas o risco das pessoas transexuais é bem real. As questões sobre a homoparentalidade são tratadas de forma discriminatória, isso é um facto. Mas o dizer-se que é mais importante que o risco de se ser transexual, tenham juízo.
Como dizia, o mote está lançado. Quando acabar a discriminação do casamento gay, ninguém espere que assuntos T venham à baila. O que virá a seguir será a problemática da homoparentalidade. Identidade de género? Hummm... o timing não é o correcto, como é usual, fica para depois, etc,etc,etc ... ad aeternum ...
[International]
Report Warns Murder Rate Against Transgendered People Is Rising
A new report has found an estimated 200 transgendered persons were murdered from January 2008 to June 2009; which is enough to say that every three days a transgendered person is killed somewhere in the world.
Every Three Days, a Transgender Person is Murdered in the World
[Brasil]
União desiste de recursos contra gratuidade de cirurgias para transexuais
A União desistiu, no último dia 8, dos recursos que ainda poderiam reverter a decisão favorável à ação civil pública promovida pelo Ministério Público Federal (MPF) que garantia a cirurgia gratuita de readequação sexual. A decisão é definitiva e transexuais de todo o Brasil podem realmente realizar a operação de transgenitalização pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
[Brasil]
BH: Transexuais poderão usar nome social na escola
A cidade de Belo Horizonte aceitou na última quinta-feira, 16, que transexuais e travestis usem seus nomes sociais em documentos escolares como histórico, matrícula e chamada de toda a rede municipal de ensino.
[UK] [Blog/Commentary]
LJ Drama - Let She That Fights Against Monsters Beware, Lest She Herself A Monster Becomes
Ironically, some of the most horrible vitriol and hatred directed attrans women comes from the women's community. People like JaniceRaymond, author of the shameful "The Transsexual Empire", GermianeGreer before she became less vocal in favour of her own career as amedia person, and that one who writes in the Guardian sometimes, youknow, the trans people should be forbidden from having surgery becauseit's inconvenient for my politics one, started out with the best ofintentions. They saw the way society treated women like second classcitizens, and they wanted to do something about it.
[Australia]
Gender clinic reopens
Transgender activists have welcomed the decision to reopen the Gender Dysphoria Clinic at the Monash Medical Centre.
[USA] [Commentary/Television]
Chloe Prince navigates marriage and family after gender transition — on ABC 'Primetime' tonight
Chloe Prince was born male, and, like many other trans women (born male with a female gender identity), she went through gender reassignment surgery after living as a male into adulthood and struggling with her gender identity..
It should also be noted that, in 2003, Chloe Prince was diagnosed with a type of intersex condition that indicated the presence of two X chromosomes and one Y chromosome. How this particular combination of chromosomes figures into Chloe’s female gender identity is not for my speculation. (Photo)
Family Navigates Unchartered World of Gender Transition
[PA, USA]
Frantic call to 9-1-1: 'She's dead'
A tape of the 9-1-1 call made from a Camden County townhouse where a 20-year-old Arkansas woman died July 11 features crackling static, a long gap of silence and shock in the voices from the home.
[USA] [Commentary]
The Enemy Within: There's A Bigot In My House
I always like to share life events with all of our readers because I know that someone must be going through the same thing as I am when I write them, and in turn I hope that my stories help you to know that you are not alone in the world.
My partner and I have been together for 8 years. We have a very solid relationship, but there's just one problem, make that two, his mother and his stepfather.
[MO,USA]
Belton Man Faces Judge on Murder Charges
A Belton man who neighbors said wanted to become a woman has been charged in his wife's death.
Michael Adams, Jr., 37, appeared in court Monday, July 20. He has been charged with second-degree murder in the shooting death of the mother of his children, Amber Hartwig, 36. Police said that Adams shot Hartwig while their two children were in the house.
(Photo: Michael Adams Jr. (July 20, 2009))[Australia]
Gender clinic reopens
Transgender activists have welcomed the decision to reopen the Gender Dysphoria Clinic at the Monash Medical Centre.
[USA] [Commentary/Television]
Chloe Prince navigates marriage and family after gender transition — on ABC 'Primetime' tonight
Chloe Prince was born male, and, like many other trans women (born male with a female gender identity), she went through gender reassignment surgery after living as a male into adulthood and struggling with her gender identity..
It should also be noted that, in 2003, Chloe Prince was diagnosed with a type of intersex condition that indicated the presence of two X chromosomes and one Y chromosome. How this particular combination of chromosomes figures into Chloe’s female gender identity is not for my speculation. (Photo)
Family Navigates Unchartered World of Gender Transition
[PA, USA]
Frantic call to 9-1-1: 'She's dead'
A tape of the 9-1-1 call made from a Camden County townhouse where a 20-year-old Arkansas woman died July 11 features crackling static, a long gap of silence and shock in the voices from the home.
[USA] [Commentary]
The Enemy Within: There's A Bigot In My House
I always like to share life events with all of our readers because I know that someone must be going through the same thing as I am when I write them, and in turn I hope that my stories help you to know that you are not alone in the world.
My partner and I have been together for 8 years. We have a very solid relationship, but there's just one problem, make that two, his mother and his stepfather.
[MO,USA]
Belton Man Faces Judge on Murder Charges
A Belton man who neighbors said wanted to become a woman has been charged in his wife's death.
Michael Adams, Jr., 37, appeared in court Monday, July 20. He has been charged with second-degree murder in the shooting death of the mother of his children, Amber Hartwig, 36. Police said that Adams shot Hartwig while their two children were in the house.
[USA] [Blog/Commentary]
Transgender Criminal Suspect Will Turn Herself In … When Breast Implants Heal
Only when her breast implants heal from plastic surgery will transgender criminal suspect Mitchelle E. Anthony turn herself in on charges of robbing a Family Dollar store.
[Venezuela]
Venezuelan government moves to establish greater LGBT rights
The Venezuelan National Assembly has voted to pass a bill for gender equity and equality through the first round of discussion.
[Venezuela]
Venezuelan government moves to establish greater LGBT rights
The Venezuelan National Assembly has voted to pass a bill for gender equity and equality through the first round of discussion.
1 Comments:
At 04 agosto, 2009 16:06, Dri, a sereia said…
Dá-lhe Edu! Portugal está tão avançado em tantas coisas, como na questão do aborto, pena que ainda não abriu devidamente os olhos para o "T" do LGBT. Esperemos mudanças.
A Chloé Prince é maravilhosa. Ela tem um blogue muito interessante no blogspot, onde fala de questões mil. Bjs e muitas felicidades e mudanças positivas no dia-a-dia, Edu!!
Enviar um comentário
<< Home