Irá acontecer hoje uma reunião entre activistas (com Carla Antonelli) e deputados, não se sabe se representantes dos vários quadrantes, se mais à direita ou à esquerda.
Soube desta reunião hoje de manhã, completamente por acaso, ao ler um email de resposta de Sérgio Vitorino na mailing list elgebete. Enviei um email a questionar porque razão se manteve escondida esta iniciativa, que ficou sem resposta.
Nesse email que li estáva escrito que "Se considera que abrir espaço para colocar activistas transexuais a falar é usurpar-lhes a voz, estamos conversados. Diga-me com que mão é que estou a tapar a boca a essas/es activistas, para não me esquecer de a levar hoje ao parlamento para a aplicar às activistas que lá vão estar."(...)"Permita-me tb dizer-lhe que os deputados com que esta activista espanhola vai hoje falar ao Parlamento têm em cima da mesa esse mesmo projecto -Lei, porque eu lhes lembrei a sua existência."
Colocar activistas transexuais a falar efectivamente não é calar-lhes a voz. Mas esconder uma iniciativa no parlamento de transexuais que até estiveram a trabalhar num projecto juntamente com Sérgio Vitorino, para que não apareçam na reunião, se não é usurpar a voz nem tapar a boca, não sei o que será.
Essa proposta está no meu site, publicada há uns tempos, e notifiquei-a durante uma semana no meu blogue. É de muito mau tom esconder-se esta iniciativa de quem esteve a trabalhá-la.
Ficam as perguntas: que activistas transexuais estarão presentes hoje no parlamento? Porque foi escondida esta iniciativa da comunidade transexual? Porque não foram informadas as pessoas que estiveram a trabalhar no projecto?
Obviamente, considerando quem protagonizou esta iniciativa, que se trata, pura e simplesmente, de uma auto-promoção para que se fique com a ideia de que, em Portugal, existe uma única voz credível para defender os direitos transexuais (e não, não me estou a referir ao Sérgio). Não será por acaso que, apesar de ter trabalhado na proposta de projecto-lei de uma lei de identidade de género, fui mantida na ignorância em relação a esta iniciativa.
Também não será por acaso que, via um telefonema feito a Jó Bernardo, foi-me dito pela pessoa que lhe telefonou para lhe mandar um email a pedir informação sobre um jantar convívio com Carla. E que, quando enviei o dito email, recebi como resposta um email com provocações, que fará com que não apareça nas sessões públicas com Carla Antonelli. Mas no parlamento já era outra história.
Parece que quem não concordar com Jó Bernardo e com Sergio Vitorino não tem direito a ter voz na matéria. E como eu, bem como a maioria das pessoas transexuais portuguesas, não apoio a campanha "Stop trans pathologization 2012", ao contrário das duas pessoas atrás mencionadas, já não sou activista transexual. Ou pelo menos sou uma activista dispensável, salvo quando fôr necessário alguém para dar a cara.
Conhecendo o feitio das pessoas envolvidas, desta vez fiquei surpreendida pela atitude do Sérgio. Não esperava isto dele. Mas assim é que se aprende. E se é assim que quer unir e defender os direitos das pessoas transexuais em Portugal... enfim.
Também o documento que foi trabalhado, na audiência parlamentar, salvo erro foi entregue unicamente ao Bloco de Esquerda. Se efectivamente foi assim, é de presumir-se que hoje o encontro tenha sido com deputados do Bloco. Assim, esta reunião e a própria Carla Antonelli estão a ser usados como meio para obliterar pessoas consideradas indesejáveis pelo Sérgio e/ou pela Jó.
Este aproveitamento ilícito e falseado de uma iniciativa que se desejava ser um meio de unidade da comunidade transexual, passa assim a ser um meio de uma maior divisão entre a comunidade.
Estive presente na audição parlamentar do Bloco de Esquerda. Não estiveram presentes nem a Luísa Reis, presumível autora ou co-autora da proposta sobre a qual eu, Lara Crespo e Sérgio Vitorino trabalhámos, nem o Sérgio, nem a Jó.
Fica aqui a denúncia de um comportamento que não ajuda em nada a comunidade, nem a luta da comunidade pelos seus direitos.
Soube desta reunião hoje de manhã, completamente por acaso, ao ler um email de resposta de Sérgio Vitorino na mailing list elgebete. Enviei um email a questionar porque razão se manteve escondida esta iniciativa, que ficou sem resposta.
Nesse email que li estáva escrito que "Se considera que abrir espaço para colocar activistas transexuais a falar é usurpar-lhes a voz, estamos conversados. Diga-me com que mão é que estou a tapar a boca a essas/es activistas, para não me esquecer de a levar hoje ao parlamento para a aplicar às activistas que lá vão estar."(...)"Permita-me tb dizer-lhe que os deputados com que esta activista espanhola vai hoje falar ao Parlamento têm em cima da mesa esse mesmo projecto -Lei, porque eu lhes lembrei a sua existência."
Colocar activistas transexuais a falar efectivamente não é calar-lhes a voz. Mas esconder uma iniciativa no parlamento de transexuais que até estiveram a trabalhar num projecto juntamente com Sérgio Vitorino, para que não apareçam na reunião, se não é usurpar a voz nem tapar a boca, não sei o que será.
Essa proposta está no meu site, publicada há uns tempos, e notifiquei-a durante uma semana no meu blogue. É de muito mau tom esconder-se esta iniciativa de quem esteve a trabalhá-la.
Ficam as perguntas: que activistas transexuais estarão presentes hoje no parlamento? Porque foi escondida esta iniciativa da comunidade transexual? Porque não foram informadas as pessoas que estiveram a trabalhar no projecto?
Obviamente, considerando quem protagonizou esta iniciativa, que se trata, pura e simplesmente, de uma auto-promoção para que se fique com a ideia de que, em Portugal, existe uma única voz credível para defender os direitos transexuais (e não, não me estou a referir ao Sérgio). Não será por acaso que, apesar de ter trabalhado na proposta de projecto-lei de uma lei de identidade de género, fui mantida na ignorância em relação a esta iniciativa.
Também não será por acaso que, via um telefonema feito a Jó Bernardo, foi-me dito pela pessoa que lhe telefonou para lhe mandar um email a pedir informação sobre um jantar convívio com Carla. E que, quando enviei o dito email, recebi como resposta um email com provocações, que fará com que não apareça nas sessões públicas com Carla Antonelli. Mas no parlamento já era outra história.
Parece que quem não concordar com Jó Bernardo e com Sergio Vitorino não tem direito a ter voz na matéria. E como eu, bem como a maioria das pessoas transexuais portuguesas, não apoio a campanha "Stop trans pathologization 2012", ao contrário das duas pessoas atrás mencionadas, já não sou activista transexual. Ou pelo menos sou uma activista dispensável, salvo quando fôr necessário alguém para dar a cara.
Conhecendo o feitio das pessoas envolvidas, desta vez fiquei surpreendida pela atitude do Sérgio. Não esperava isto dele. Mas assim é que se aprende. E se é assim que quer unir e defender os direitos das pessoas transexuais em Portugal... enfim.
Também o documento que foi trabalhado, na audiência parlamentar, salvo erro foi entregue unicamente ao Bloco de Esquerda. Se efectivamente foi assim, é de presumir-se que hoje o encontro tenha sido com deputados do Bloco. Assim, esta reunião e a própria Carla Antonelli estão a ser usados como meio para obliterar pessoas consideradas indesejáveis pelo Sérgio e/ou pela Jó.
Este aproveitamento ilícito e falseado de uma iniciativa que se desejava ser um meio de unidade da comunidade transexual, passa assim a ser um meio de uma maior divisão entre a comunidade.
Estive presente na audição parlamentar do Bloco de Esquerda. Não estiveram presentes nem a Luísa Reis, presumível autora ou co-autora da proposta sobre a qual eu, Lara Crespo e Sérgio Vitorino trabalhámos, nem o Sérgio, nem a Jó.
Fica aqui a denúncia de um comportamento que não ajuda em nada a comunidade, nem a luta da comunidade pelos seus direitos.
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